23 mar, 2016 - 16:16
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O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) explicou, esta quarta-feira, a decisão de deslocar o encontro particular entre Bélgica e Portugal para Leiria, na sequência dos atentados terroristas que atingiram Bruxelas, ontem.
À margem da assinatura de um protocolo entre a FPF e a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), Fernando Gomes começou por expressar "pesar" pelos acontecimentos que levaram ao falecimento de 32 pessoas e que originou ainda perto de 300 feridos. Depois, o líder federativo enfatizou a necessidade de manter o aproveitamento de uma data FIFA para que ambas as selecções preparem de forma sustentada e programada a participação no Euro 2016.
"Não foi fácil mudar todo o planeamento feito para realizar esse jogo em Bruxelas, mas houve a consciência da própria Bélgica da importância de fazer a sua preparação para o Europeu. Dentro das conversas que tivemos com os responsáveis da Federação belga, foi encontrada esta plataforma de entendimento para que o jogo se realizasse cá e acautela a preparação para o Europeu", justificou Fernando Gomes, recordando que os bilhetes emitidos para o duelo de sexta-feira, frente à Bulgária, igualmente em Leiria, serão válidos também para a recepção à Bélgica.
Europeu em risco ou à porta fechada? Fernando Gomes desconhece
O presidente da FPF tem assento no Comité Executivo da UEFA. Por isso, um dia depois do vice-presidente da UEFA, Giancarlo Abete, ter admitido a realização de jogos à porta fechada no Euro 2016, Fernando Gomes não deixa de estranhar essa possibilidade face a acontecimentos recentes no seio da própria organização que tutela o futebol do Velho Continente.
"Já vi opiniões contraditórias. O que ainda recentemente foi feito, numa reunião do Comité Executivo, foi um reforço dos organizadores do Europeu de que tudo estaria a ser feito no sentido de salvaguardar tudo para que decorresse normalmente", comentou.