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OCDE acredita em défice abaixo dos 3% em 2015

03 jun, 2015 - 10:25

Organização aproxima-se das estimativas do Governo, que estima um défice de 2,7%. Também aconselha a redução do IRC e o alargamento da taxa de IVA.

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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu, esta quarta-feira, em alta as previsões para Portugal, esperando que a economia cresça 1,6% em 2015 (contra os 1,3% estimados em Novembro) e 1,8% em 2016 (acima dos 1,5% anteriormente previstos).

Já quanto ao défice, a OCDE espera agora que se fixe nos 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, ligeiramente acima da previsão do Governo (de 2,7%). No entanto, a instituição agravou a estimativa para 2016, antecipando agora um défice de 2,8% no próximo ano (contra os 2,3% previstos em Novembro), uma previsão que é bastante menos optimista do que a do Governo, que espera um défice orçamental de 1,8% para o próximo ano.

Neste documento, a OCDE recomenda também que Portugal deve reduzir ainda mais a taxa efectiva do IRC e alargar a incidência da taxa normal do IVA.

De acordo com o "Economic Outlook", afirma que os "progressos recentes" de Portugal no sentido de garantir uma "estrutura fiscal mais amiga do crescimento" devem prosseguir e deixa indicações sobre como fazê-lo.

A OCDE diz ainda que a indefinição de medidas que garantam a sustentabilidade do sistema de pensões trava o investimento em vários países, defendendo que os governos têm de “reduzir as incertezas”.

No que diz respeito ao desemprego, a OCDE espera agora números superiores aos antecipados em Novembro, prevendo que a taxa atinja os 13,2% da população activa este ano e os 12,6% no próximo, projecções menos optimistas do que as anteriores, que apontavam para taxas de desemprego de 12,8% e de 12,4%, respectivamente.

No relatório, a instituição liderada por Angel Gurría refere que, apesar da recuperação prevista, vai persistir na economia portuguesa algum atraso, "uma vez que a taxa de desemprego vai continuar a cair apenas moderadamente", e defende que, tendo em conta que a recuperação económica será frágil, "é bem-vindo um ritmo de consolidação orçamental mais moderado".

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