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Cobalto - 17. Um gin nascido no Douro que quer conquistar o mundo

24 jun, 2015 - 15:55 • Olímpia Mairos

Com cerca de 8.000 garrafas vendidas, o novo produto, totalmente produzido no Douro, quer conquistar o mercado nacional e chegar aos países do norte, centro e leste da Europa. Alemanha, Letónia, Lituânia e Estónia querem bebê-lo.

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De Tabuaço, distrito de Viseu, surge o primeiro gin totalmente produzido no Douro. O o Cobalto - 17 Douro tem como mentores Edgar Rocha, de 32 anos, e Miguel Guedes, de 37 anos, um enólogo e um engenheiro químico, ambos com experiência em destilados, que há cerca de um ano deixaram os seus empregos para se dedicarem ao fabrico do gin.

Experimentaram, produziram e deram a provar amostras do novo gin a pessoas que trabalham com esta bebida. Face à grande aceitação, decidiram criar a empresa Cobalto Douro que esta quarta-feira lança no mercado o primeiro gin totalmente produzido no Douro.

É um gin "completamente diferente. É muito genuíno. É frutado e muito aromático, mas não excessivo", diz à Renascença Edgar Rocha.

O enólogo explica que "todos os gins têm a mesma base, que é o zimbro, e o nosso também tem, mas, no fim de boca e de aroma, é completamente diferente". E concretiza: "Nota-se o zimbro e as outras notas todas, desde a casta Tinta Amarela, até à pêra, a hortelã-pimenta, a lúcia-lima e o cardamomo."

Sem revelar grandes pormenores, Edgar vai dizendo que o "segredo está em parte na destilação e no loteamento". "A destilação é muito importante. Tem algumas técnicas que fazemos para o álcool sair mais suave."

Tradicional e exportadora
O novo produto "made in Douro" quer conquistar "o mercado nacional" e chegar "aos países do norte, centro e leste da Europa".

"Já temos muitas encomendas. Ainda ontem estive a trabalhar até às quatro horas da manhã", diz Edgar. "Há três ou quatro mercados que estão muito interessados, a Alemanha, a Letónia, a Lituânia e a Estónia."

As encomendas começam a sair a partir do Douro. "Já lhe perdi a conta, mas penso que já vamos em oito mil garrafas", diz o enólogo.

Além de Edgar Rocha e Miguel Guedes, a Cobalto Douro tem mais dois trabalhadores. Tudo é feito pelo método tradicional, "por isso é que demora um bocadinho mais". Diz Edgar: "Somos nós que fazemos as infusões, o destilado, o loteamento, a filtração, o engarrafamento e a rotulagem à mão".

O gin tónico "está na moda em Portugal e na Espanha e entrou também já na Grécia e em Itália". E, como o gin que produzem "é muito bom", acredita que mercado não faltará.

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