O BPI vai fechar mais 25 agências a 30 de Setembro, segundo uma nota informativa interna do banco, a que a agência Lusa teve acesso.
Os trabalhadores devem ser reintegrados em outras agências. Os clientes dos balcões encerrados vão receber cartas a informar do local em que as suas contas serão domiciliadas.
Este fecho faz parte de um processo que já vem acontecendo há algum tempo no banco liderado por Fernando Ulrich, com vista a diminuir custos, e que é para continuar, como admitiu o gestor em Junho, na apresentação de resultados do primeiro semestre.
"Não vou dar dados concretos sobre o que vamos fazer até ao fim do ano. Certo é que com um crescimento [económico] fraco a moderado, taxas [de juro] baixas e muita oferta no sector bancário, o tema dos custos vai ser um tema importante durante muito tempo", afirmou o banqueiro.
No final de Junho, o BPI contava com um total de 5.952 trabalhadores em Portugal e tinha 623 pontos de contacto com os clientes, entre balcões tradicionais, centros de investimento, lojas habitação e centros de empresas, estando previsto o fecho de mais 26 agências até final de Julho, disse então Fernando Ulrich.
Aos encerramentos que vêm acontecendo juntam-se agora mais 25 balcões a 30 de Setembro, sendo sete no Norte do país, sete no Centro, 10 no Sul e um na Região Autónoma da Madeira.
Nos últimos meses, o BPI tem sido alvo de várias notícias devido às mexidas que pode vir a protagonizar no sector bancário.
Entretanto, foi noticiado que o BPI poderá vender o Banco de Fomento Angola (BFA), onde detém 50,01% do capital, tendo em conta as crescentes exigências do Banco Central Europeu quanto a entidades bancárias com exposição a Angola.