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Presidente do Novo Banco pede a colaboradores que se mantenham focados

16 set, 2015 - 23:08

Stock da Cunha escreveu aos funcionários depois de se terem confirmado recuos nas negociações de venda do banco.

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O presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, enviou uma nota aos colaboradores a pedir que se mantenham focados nas prioridades estabelecidas para a entidade e que ignorem os avanços e recuos no processo de venda da instituição.

"O Banco de Portugal refere que retomará o processo de venda num curto prazo. Do nosso lado, não temos tempo a perder: aproxima-se um ano orçamental muito exigente e deveremos manter-nos focados nas nossas prioridades, incluindo a melhoria da rentabilidade e da eficiência, ajustando-nos à realidade do mercado", escreveu Stock da Cunha numa mensagem distribuída por todos os trabalhadores através da intranet do banco.

O gestor referiu que "foi ontem [terça-feira] anunciada a interrupção do processo de venda do Novo Banco, que o Banco de Portugal iniciou e conduziu durante este ano. Estando na posse de toda a informação, o Banco de Portugal tomou a decisão que entendeu mais adequada, devendo o Novo Banco prosseguir a sua actividade em plena normalidade".

E realçou: "Destaco as palavras do Banco de Portugal quanto ao papel relevante do Novo Banco na economia portuguesa, ao mérito do seu desempenho durante o último ano, à evolução positiva de vários indicadores da actividade e da organização. Por outro lado, também é reconhecido o trabalho desenvolvido pelos colaboradores na estabilização, recuperação e desenvolvimento do Novo Banco".

Stock da Cunha sublinhou que, há um ano, tinha transmitido aos funcionários a "necessidade de `arregaçar as mangas` para criar valor, captar clientes, crescer em volume de depósitos, melhorar a qualidade do crédito" e afirmar as competências que, segundo o próprio, distinguem a entidade dos seus concorrentes, e que passam pela "qualidade de serviço e dinâmica comercial".

O responsável tinha ainda apelado para que os trabalhadores não interviessem nas "discussões sobre o modelo, data ou outros aspectos" da venda da instituição.

"Nada mudou para alterarmos a nossa atitude e ambição", vincou na nota distribuída internamente logo ao início da manhã.

"Como vos disse na primeira vez que nos encontrámos, `mãos à obra`, que o Novo Banco é essencial para todos nós, para as famílias e empresas do nosso país e para o futuro de Portugal", concluiu.

O Banco de Portugal anunciou na terça-feira que interrompeu o procedimento de venda do Novo Banco e que vai agora começar a preparar uma nova operação de alienação do banco.

O Novo Banco é uma entidade bancária de transição que nasceu após a intervenção do Banco de Portugal no antigo Banco Espírito Santo (BES), a 3 de Agosto de 2014.

O regulador tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os activos e passivos de qualidade num `banco bom`, denominado Novo Banco, e os passivos e activos tóxicos, no BES, o `banco mau` (`bad bank`), que ficou sem licença bancária.

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