06 out, 2015 - 16:20
O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve as previsões de crescimento em Portugal, antecipando um crescimento de 1,6% este ano e de 1,5% no próximo, mas esperando agora uma taxa de desemprego menor.
De acordo com o 'World Economic Outlook', divulgado esta terça-feira, o FMI antecipa que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal cresça 1,6% em 2015 e que cresça ligeiramente menos (1,5%) em 2016, mantendo assim as previsões apresentadas na edição de Abril deste relatório bianual.
O Governo antecipa um crescimento económico de 1,6% este ano, mas espera que a economia portuguesa acelere o ritmo de crescimento para os 2% em 2016. Quanto ao desemprego, o executivo de Pedro Passos Coelho antecipa que a taxa seja de 13,2% no final deste ano, caindo para os 12,7% no final de 2016.
Para 2020, a instituição liderada por Christine Lagarde continua a
prever um crescimento da economia portuguesa de 1,2%.
No entanto, as previsões para o desemprego do Fundo são agora ligeiramente mais optimistas do que as apresentadas em Abril, antecipando-se que a taxa de desemprego caia para os 12,3% este ano e para os 11,3% no próximo (o que compara com a estimativa anterior de 13,1% em 2015 e de 12,6% em 2016).
O Governo antecipa um crescimento económico de 1,6% este ano, mas espera que a economia portuguesa acelere o ritmo de crescimento para os 2% em 2016. Quanto ao desemprego, o executivo de Pedro Passos Coelho antecipa que a taxa seja de 13,2% no final deste ano, caindo para os 12,7% no final de 2016.
A instituição liderada por Christine Lagarde manteve as suas previsões para a inflação em Portugal, que deverá ser de 0,6% e de 1,3% em 2015 e em 2016, respectivamente, mas reviu os seus cálculos para a evolução das contas externas.
O FMI prevê agora que as contas de Portugal com o estrangeiro cheguem ao final deste ano nos 0,7% do PIB e que cresçam para os 1,6% do PIB no próximo ano, quando em Abril previu que atingissem os 1,4% e os 1% em 2015 e em 2016, respectivamente.
Estimativas para a dívida pioram
O FMI piorou as estimativas para a dívida pública portuguesa deste ano e do próximo, mantendo-se mais pessimista do que o Governo e prevendo que continue a representar mais de 125% do PIB nos dois anos.
A instituição prevê que a dívida pública nacional atinja os 127,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e os 125% em 2016.
No relatório sobre a segunda missão de monitorização pós-programa divulgado em Agosto, quando foram conhecidas as últimas previsões da instituição sobre a dívida pública portuguesa, o Fundo antecipava que a dívida pública atingisse os 127,1% do PIB em 2015 e os 124,4% do PIB em 2016.
Assim, o Fundo continua mais pessimista do que o Governo liderado por Pedro Passos Coelho, que prevê uma redução da dívida pública para 125,2% do PIB este ano (de acordo com a segunda notificação a Bruxelas no âmbito do Procedimento por Défices Excessivos) e para 121,5% no próximo (segundo o Programa de Estabilidade 2015-2019).