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Pode não haver Orçamento em Outubro, mas tem de haver em Dezembro

15 out, 2015 - 09:37

Álvaro Santos Almeida, economista e consultor do FMI, lembra que há disposições em vigor que caducam automaticamente a 31 de Dezembro. É o caso da redução salarial para os funcionários públicos.

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Termina esta quinta-feira o prazo da Comissão Europeia para receber uma versão preliminar do Orçamento do Estado, mas a ministra das Finanças já avisou que tal só acontecerá quando houver novo Governo.

Na opinião do economista Álvaro Santos Almeida, consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI), não é muito relevante ultrapassar o prazo de dia 15 de Outubro, porque há "uma justificação óbvia ", que "a Comissão Europeia compreenderá”.

Santos Almeida diz que o problema é falhar a data de 31 de Dezembro, porque há uma série de medidas em vigor que caducam nessa data. “Aí, sim, terá consequências importantes, porque passaremos a viver sob o regime de duodécimos, o que significa que o Orçamento para o mês de Janeiro é 1/12 do Orçamento do ano anterior, 2015”, avisa.

“Sobretudo, há um conjunto de disposições da Lei do Orçamento para 2015 que caducam automaticamente no dia 31 de Dezembro, nomeadamente, as disposições relativas, por exemplo, à redução salarial para os funcionários públicos”, acrescenta o professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e comentador habitual do programa “Conversas Cruzadas”, da Renascença.

O prazo que termina esta quinta-feira destina-se à apresentação de um rascunho sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano. “Se não for cumprido, entramos em incumprimento, de acordo com os procedimentos europeus, no entanto não me parece que tenha qualquer consequência imediata”, comenta o economista.

Pouco preocupada com este incumprimento está também a presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso.

“Um Governo que não está em plenitude de funções não pode fazer um orçamento. Um Orçamento do Estado não é um cenário de políticas invariantes, tem que incluir medidas”, afirmou na quarta-feira.

O Ministério das Finanças “enviou no dia 2 de Outubro uma carta à Comissão Europeia a informar que não enviaria o 'draft budgetary plan' [plano geral orçamental] pois apenas o novo Governo tem plena legitimidade para apresentar um Orçamento”.

Comentários
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  • Entroikado
    15 out, 2015 Coelha 15:22
    Portugal não pode de forma alguma desperdiçar ter agora um (des)governo de esquerda, porque o que aí vem, já está na forja (a mando das troikas de lá e de cá) são mais, e mais cortes. Está previsto que o ano de 2016 será o de mais aperto a continuar este caminho e esta autoridade, só porque sim e por ideologia ultra néo liberal. É agora ou nunca, se querem alguma melhoria nas condições de vida da maioria das pessoas!
  • manel
    15 out, 2015 portalegre 12:35
    Cavaco, não pode dar poder a um governo que vai logo de seguida em cair Cavaco tem de cumprir o que disse antes das eleições, só da poder a quem tem maioria na assembleia. Cavaco se é um presidente, so tem que cumprir a constituição, não olhar para as cores partidarias. Cavaco se é um presidente não deixe a bola para o que o substitui Por fim quem está a mais é o presinte
  • António Joaquim
    15 out, 2015 Lisboa 11:17
    Era bom que se formasse um governo de esquerda, para ver se definitivamente, o Porta, Dias Loureiro eram apanhados nos casos SUBMARINOS, PANDURS e no caso BPN, e que se acabasse som os tachos instituídos, estou farto se pagar as FACTURAS, que os políticos criaram mas NÓS, contribuintes e trabalhadores é PAGAMOS

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