02 dez, 2015 - 07:36
A Volkswagen está a vender mais carros em Portugal, mesmo tendo em conta o escândalo da manipulação das emissões poluentes, que começou nos Estados Unidos mas que teve repercussões por todo o mundo.
Em Portugal, dados de Novembro mostram um aumento de 7,8% em relação a Outubro, o que representa 1.374 viaturas vendidas, mais 100 do que no mesmo mês do ano passado.
Já nos Estados Unidos, país onde foi detectada a fraude, as vendas do grupo caíram 24,7% no mês passado, facto que a empresa justifica com a decisão de congelar a venda de alguns modelos em stock e não com uma desconfiança dos consumidores.
Segundo a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), as vendas
totais de automóveis cresceram 14,6% no mês passado, para 16.845 unidades,
ainda que estejam em "desaceleração pelo segundo mês consecutivo face ao
crescimento verificado nos últimos meses". Na análise por marcas, a
Volkswagen foi a segunda marca com mais vendas em veículos ligeiros, apenas atrás
da Renault (1.379).
Analisando por classes, as vendas de ligeiros de passageiros aumentaram 14,8%
para 16.369, enquanto o total de pesados melhorou 7,4% para 476.
No acumulado desde o início do ano, entre Janeiro e Novembro, foram vendidos
196.318 veículos automóveis novos, ou seja, mais 25,6% do que em igual período
de 2014. Neste período, as vendas de veículos ligeiros de passageiros da
Volkswagen aumentaram 24,4% para 15.852 viaturas vendidas.
Emissões fraudulentas: 125.000 carros afectados em Portugal
O grupo Volkswagen está sob escândalo desde Setembro, depois de ter sido ficado a saber que a empresa manipulava as emissões poluentes dos motores dos seus automóveis, atingindo milhões de veículos em todo o mundo.
Os veículos afectados em Portugal pela fraude são 125.491, sendo
102.140 mil das marcas Volkswagen, Audi e Skoda e mais 23.351 da marca Seat.
Apesar disso, no segundo mês depois de ser detectada a fraude, as vendas em
Portugal aumentaram em Novembro.
Já nos Estados Unidos, as vendas do grupo caíram 24,7% no mês passado, o que se
deveu segundo a empresa ao congelamento da venda de alguns modelos equipados
com motores que permitiam falsificar os testes anti-poluição.