03 dez, 2015 - 23:41
O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Tomás Correia, garante que não haverá qualquer problema no grupo Montepio e que não haverá necessidade de intervenção do Estado.
"Não vai haver qualquer problema no Montepio", disse Tomás Correia aos jornalistas, depois de ter sido anunciado oficialmente que a sua lista venceu as eleições aos órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio Geral, com 59% dos votos.
Segundo o vencedor destas eleições, que continuará assim à frente da Associação Mutualista no triénio 2016/2018, nos últimos anos, "o Montepio mostrou ser capaz de resistir à adversidade que a generalidade do sistema financeiro não foi capaz" e "enfrentou por si só todas as dificuldades ao nível de liquidez, de capital", e que isso continuará a acontecer.
"O Montepio é uma instituição que nunca precisou de ajuda do Estado e vai continuar esse caminho de forma sólida e independente", garantiu.
A Associação Mutualista é o topo do Grupo Montepio, fazendo parte deste grupo a Caixa Económica Montepio Geral, o chamado banco mutualista, de que até meados deste ano Tomás Correia também era presidente.
Em 2013 e 2014, o banco Montepio registou resultados negativos acumulados de mais de 400 milhões de euros, o que valeu críticas da oposição quanto à gestão de Tomás Correia, tendo este justificado com a "qualidade do balanço" do banco, que considera que permitirá dar condições à entidade financeira regressar aos lucros.
Quanto às eleições na Associação Mutualista Montepio Geral, a “dona” do banco Montepio, foi conhecido que a lista A, liderada por Tomás Correia, venceu com 58,7%, ao ter conseguido 30.891 votos.
Em segundo lugar ficou a lista D, liderada por António Godinho com 21,5% (11.298 votos), e em terceiro ficou a lista C, encabeçada pelo economista Eugénio Rosa, com 16,3% dos votos (8.599). Por fim, ficou a lista E, de Luís alberto Silva, com 3,5% do total de 52.634 votos contabilizados.
Assim, no triénio 2016/2018, o Conselho de Administração da Associação Mutualista Montepio terá Tomás Correia como presidente e como vogais Carlos Morais Beato, Fernando Ribeiro Mendes, Virgílio Lima e Miguel Teixeira Coelho.