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Madeira. Austeridade em dose dupla

07 dez, 2015 - 10:16 • Paulo Ribeiro Pinto

Desde 2011 que o arquipélago saiu do grupo das regiões mais ricas da União Europeia, tendo em conta o PIB per capita. Em 2013, a taxa de desemprego ultrapassou os 18% e o resgate, que deveria ter durado três anos, já dobrou os quatro, graças a um acordo secreto feito ainda por Alberto João Jardim.

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Há quase quatro anos sob um programa de ajustamento económico e financeiro, a Madeira é o espelho da situação económica e social do território nacional, mas com dupla austeridade: a do país e a da região.

A riqueza criada registou uma quebra mais acentuada do que a média em 2012. Por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) sofreu uma queda de 7%, muito por causa da saída de empresas da Zona Franca da Madeira e, em 2013, último ano disponível, manteve-se negativo em 1,8%.

A queda livre fez com que, a partir de 2011, o arquipélago tivesse abandonado o grupo das regiões mais ricas da União Europeia em termos de PIB per capita – ou seja, a relação entre a riqueza gerada e a população que a gera.

O emprego foi mais castigado na região autónoma e a taxa de desemprego ultrapassou os 18% em 2013, tendo descido nos anos seguintes. No segundo trimestre deste ano, fixou-se nos 14,7%, acima da média nacional.

Mas a Madeira também sofreu um enorme aumento de impostos. A taxa máxima do IVA passou de 16% para 22%, em 2011, os escalões de IRS e IRC foram equiparados às taxas praticadas no continente e foi ainda criada uma sobretaxa de 15% no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos.

O pacote de ajuda da República foi de 1.500 milhões de euros, para fazer face a uma dívida pública que mais tarde veio a saber-se ser superior a 6.300 milhões de euros – ou seja, 123% do PIB da região.

Estava previsto que durasse três anos, de Janeiro de 2012 ao início deste ano, mas ainda estava Alberto João Jardim na chefia do Governo Regional e negociou em segredo um prolongamento até ao final deste mês. O resgate está a dobrar os quatro anos.

A Renascença vai estar em directo do Funchal entre 7 e 11 de Dezembro, para mostrar as potencialidades das ilhas da Madeira. Pretende-se um novo olhar sobre o arquipélago com animação, noticiários em directo do Funchal e reportagens para compreender o presente e o futuro da Madeira, bem como entrevistas com os principais actores económicos, sociais e políticos.

Comentários
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  • Ó Vasco
    07 dez, 2015 Lis 16:21
    Deve ter como apelido Zandiga!...Até deve rezar para que tudo corra mal. Para os direitolas radicais, quanto pior, melhor!
  • Funchalense
    07 dez, 2015 Funchal 16:12
    O Povinho madeirense é amigo do ambiente, porque devido a não haver portagens esse custo devido á divida criada pelos Srs.ppd/psd, aumentaram o imposto sobre combustiveis ISP, que era para ser pago por todos, mas só é pago por quem tem viatura a gasolina, portanto um combustivel menos poluente paga mais imposto que um que polui mais, mais comentários para quê ???????????
  • Funchalense
    07 dez, 2015 Funchal 16:10
    O Povinho madeirense é amigo do ambiente, porque devido a não haver portagens esse custo devido á divida criada pelos Srs.ppd/psd, aumentaram o imposto sobre combuativeis ISP, que era para ser pago por todos, mas só é pago por quem tem viatura a gasolina, portanto um combustivel menos poluente paga mais imposto que um que polui mais, mais comentários para quê ???????????
  • Anónimo
    07 dez, 2015 Sintra 14:38
    A riqueza "criada" na zona franca da Madeira pode fazer com que região possa estar "entre" as mais ricas da UE, mas isso torna mesmo os madeirenses nuns dos mais ricos da Europa?
  • Robim das Cidades
    07 dez, 2015 13:13
    O Povo Madeirense é que sofre mas também tem a sua culpa que não elegesse esses corruptos . Acabem com as Assembleias Regionais da Madeira e Açores que não servem para nada a não ser para arranjar tachos e aumentar a despesa do Estado .
  • Danado
    07 dez, 2015 Figueira da Foz. 12:01
    As leis que permitem acordos segredos, podiam e deveriam ser anuladas, Como diz o candidato á Presidência da Republica, Paulo de Morais.
  • Vasco
    07 dez, 2015 Santarém 11:52
    Agora é preciso pagar os excessos anteriores, foi o que nos aconteceu por cá mas parece-me que vai vir aí nova dose.

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