07 dez, 2015 - 18:22
A meta do défice abaixo dos 3% do PIB este ano é "muito importante para o país", afirma o ministro das Finanças. Mário Centeno assegura que o Governo está a fazer tudo para a cumprir.
"Essa é uma meta muito importante para o país. O Governo, como também temos reiteradamente dito, está a apurar toda a informação e a fazer toda a acção para que essa meta seja cumprida. Neste momento, não podemos afirmar nenhum número em definitivo, mas é esse o objectivo do Governo", afirmou Mário Centeno, à saída da sua primeira reunião do Eurogrupo.
O ministro realçou que o programa de Governo, cujas linhas gerais teve hoje oportunidade de apresentar aos seus homólogos da zona euro, inclui um "conjunto de políticas que colocam Portugal numa trajectória de crescimento", mas também tem "como regra" o cumprimento dos compromissos assumidos pelo país, designadamente a nível das metas do pacto de estabilidade e crescimento.
"Temos também como regra no nosso programa o cumprimento daquilo que são as obrigações de Portugal no contexto internacional, e também como membro da área do euro, e é nesse sentido que vamos também continuar a trabalhar", disse, reiterando a vontade do Governo em honrar o compromisso de reduzir o défice para um valor abaixo dos 3%, retirando assim o país do procedimento por défice excessivo.
Mário Centeno adianta que o Governo pretende entregar, no início do mês de Janeiro, o projecto de Orçamento do Estado para 2016.
Instado a fazer um balanço da sua "estreia" em reuniões do Eurogrupo, o fórum de ministros da zona euro, Mário Centeno disse que "correu muito bem".
"Tive oportunidade de apresentar aquilo que são as linhas gerais do Programa de Governo que foi apresentado na Assembleia da República na semana passada, quer na parte das reformas e das áreas chaves de intervenção desse programa, quer seguramente também na parte orçamental. A reacção foi bastante boa", disse.
Acrescentando que também teve "oportunidade de intervir num ponto específico sobre pensões e mercado de trabalho", Mário Centeno concluiu que "foi um bom dia de trabalho aqui em Bruxelas".
O ministro aproveitou a reunião de hoje do Eurogrupo para manter vários encontros bilaterais com homólogos europeus, entre os quais os ministros das Finanças de França, Itália, Alemanha e Espanha.