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Governo corta na despesa e em novos gastos para obter défice abaixo dos 3%

10 dez, 2015 - 13:56

A meta do défice de 2,7% para 2015 não foi cumprida. Executivo avança com medidas adicionais para tirar Portugal do procedimento por défice excessivo.

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Governo corta na despesa e em novos gastos para obter défice abaixo dos 3%

O ministro das Finanças, Mário Centeno, anunciou esta quinta-feira “medidas adicionais” de controlo da despesa para que o país possa atingir um défice público abaixo dos 3% este ano.

A meta do défice de 2,7% para 2015 não foi cumprida, disse Mário Centeno, no final de uma reunião do Conselho de Ministros.

As medidas, unicamente do lado da despesa, são:

  • "Congelamento de processos pendentes de descativações e transições de saldo de gerência considerados não urgentes";
  • Redução de 46 milhões de euros dos fundos disponíveis para as administrações públicas;
  • "Não assunção de novos compromissos financeiros considerados não urgentes"

O Governo compromete-se a não assumir “novos compromissos financeiros considerados não urgentes”, mas garante que a situação financeira não muda os objectivos do Executivo para o Orçamento do Estado de 2016.

"Esta meta que agora nos propomos [3%] não tem, não traz nenhuma perturbação às medidas a incluir no Orçamento de 2016", afirmou o governante.

O esboço do Orçamento do Estado de 2016 será enviado a Bruxelas ainda este mês e as Grandes Opções do Plano serão conhecidas na primeira quinzena de Janeiro, disse Centeno.

Processo "difícil"

"Houve um conjunto de desvios na execução orçamental", tanto do lado da receita, como da despesa, "que justificam o não atingir os 2,7%", disse Centeno.

Conseguir que o défice fique abaixo dos 3% (e a consequente saída de Portugal do procedimento por défice excessivo) é um processo "difícil", mas possível, disse o ministro.

O ministro das Finanças afirmou que o Governo mantém o objectivo de alcançar um défice orçamental de 2,8% do PIB em 2016.

Na segunda-feira, o ministro das Finanças disse, em Bruxelas, que a meta do défice abaixo dos 3% do PIB este ano é "muito importante para o país" e assegurou que o Governo está a fazer tudo para a cumprir.

"Essa é uma meta muito importante para o país. O Governo, como também temos reiteradamente dito, está a apurar toda a informação e a fazer toda a acção para que essa meta seja cumprida. Neste momento não podemos afirmar nenhum número em definitivo, mas é esse o objectivo do Governo", afirmou Mário Centeno, à saída da sua primeira reunião do Eurogrupo.

Comentários
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  • j
    13 dez, 2015 nila verde 18:08
    Esta bandalheira ps pc be era tudo à grande foram uma vez a bruxelas jà começaram a cortar ,mas os aldrabões dizem que não são cortes ladrões
  • Vera
    11 dez, 2015 Palmela 21:27
    Quais gastos? João! se ainda não se gastou nada! não há, para gastar!!! o que se perdeu antes, é a fundo perdido...
  • Joao
    11 dez, 2015 Porto 20:13
    NÃO ESTRAGUEM. NÃO ALDRABEM... O actual Governo continua com a almofada financeira de cerca de 10.000 M deixada pelo Governo PSD/CDS ... não tem nada a ver com estes gastos.
  • Joao
    11 dez, 2015 Porto 20:08
    NÃO ESTRAGUEM. NÃO ALDRABEM...
  • maria salgado
    11 dez, 2015 almada 16:31
    Os cofres cheios sao mais uma mentira da coligação. O défice abaixo dos 3% é outra aldabrice. Pantomices que a coligação tanto habituou o zé povinho que tem dificuldade em mudar a mentalidade. Agora temos um governo. Antes tínhamos uma coisa parecida. Só servia e sabia fazer cortes à voz off. Aos que têm a mesma acessibilidade que eles, nao se metem eles. Mas tudo é uma questão de tempo
  • João Lopes
    11 dez, 2015 Viseu 13:15
    O anterior governo encontrou o País em estado de quase bancarrota: herança pesada dos socialistas! Agora este governo-socialista-comunista quer desmerecer a ação do governo anterior, para dar a impressão de que já fizeram muito: tomaram posse em 26/11/2015. Estão a aprender com o grande “malabarista”, António Costa!
  • Misabel
    11 dez, 2015 Almada 10:40
    Infelizmente a austeridade não foi para todos. Para a maioria sim, mas não para todos. e quem escreve um comentário como o do CALMA, só pode fazer parte dos que não estão a sentir na pele a Sr. austeridade. Felizmente não sou das pessoas que precisam de dar um iogurte aos filhos, ir ao frigorifico e ele estar vazio, mas penso muito nos portugueses que estão a sentir esta angustia, e lamento muito que continue a haver gente que só olha para o seu umbigo.
  • Ao Calma
    10 dez, 2015 Lx 21:05
    Percebeu o que leu? Entendeu que a estratégia de Mário Centeno é para proteger o povo de mais austeridade, ao contrário da estratégia que a Coligação PSD/CDS sempre teve, para massacrar o povo, em detrimento dos ricos? Sabe a diferença entre atuar do lado da despesa ou atuar do lado da receita? Parece que não....
  • Calma!
    10 dez, 2015 Lisboa 19:27
    Pois. Os cofres cheios seriam tão bons para o PS fazer "bonito". Que maçada ... Assim têm de continuar na linha da contenção. Que maçada ... E lá se vão pôr os camaradas e a CGTP a gritar "mais depressa, mais depressa". E o Dr. Centeno a suar e a dizer "tão depressa, tão depressa não pode ser". Isto promete!
  • Paulo
    10 dez, 2015 vfxira 16:55
    O estado que o antigo governo deixou o país!......com os cofres cheios.....de vento e dívida.

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