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Solução para o Banif. Associação Portuguesa de Bancos não foi consultada

21 dez, 2015 - 20:11

Associação Portuguesa de Bancos “aguarda que o Governo e/ou o Banco de Portugal a contactem sobre a decisão tomada em relação ao Banif e seus contornos”. Mas a decisão já foi tomada.

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A Associação Portuguesa de Bancos (APB), entidade que representa o sector e que é liderada por Fernando Faria de Oliveira, não foi consultada sobre a solução criada pelo Governo e pelo Banco de Portugal (BdP) para o Banif.

"A Associação Portuguesa de Bancos (APB) aguarda que o Governo e/ou o Banco de Portugal a contactem sobre a decisão tomada em relação ao Banif e seus contornos", lê-se na resposta escrita enviada pela entidade em resposta à solicitação da Lusa.

Isto significa que as autoridades avançaram para a venda do Banif ao Santander Totta no âmbito de uma medida de resolução sem terem consultado a APB.

O Governo e o Banco de Portugal decidiram a venda da actividade do Banif e da maior parte dos seus activos e passivos ao Banco Santander Totta por 150 milhões de euros, anunciou o Banco de Portugal em comunicado no domingo.

A alienação foi tomada "no contexto de uma medida de resolução" pelas "imposições das instituições europeias e inviabilização da venda voluntária do Banif", segundo o comunicado.

A operação "envolve um apoio público estimado em 2.255 milhões de euros que visam cobrir contingências futuras, dos quais 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução e 1.766 milhões directamente do Estado", disse o banco central, garantindo que esta solução "é a que melhor protege a estabilidade do sistema financeiro português".

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  • Manuel Silvestre
    21 dez, 2015 Abrantes 21:46
    Este caso do Banif, é semelhante ao BPP+BPN+BES. A realidade é que o dinheiro, capital do Banco, desaparece do mapa e ninguém é responsabilizado por tal e quem acaba por pagar são os contribuintes na figura do Estado de Direito. Acho justo que os clientes não sejam prejudicados e que a resolução terá sido a melhor, mesmo com aumento do PIB, mas não é com Comissões de avaliação que se defende a verdade e a justiça. Este e outros casos deviam ser investigados pelos Tribunais Internacionais, já que os Nacionais não conseguem meter na grelha os verdadeiros responsáveis. Haja justiça, caso contrário o futuro dos Bancos passará a ser um autêntico naufrágio e os banqueiros ficarão sempre incólumes a todas estas diatribes financeiras. Os contribuintes, que pagam e de que maneira os seus impostos legais, ficam a sustentar este filão de dinheiro desaparecido, como água do rio a correr para o mar... mistura-se e torna-se salgada.

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