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Antiga ministra rejeita culpas no Banif. “Há um problema de supervisão” em Portugal

21 dez, 2015 - 20:55

Maria Luís Albuquerque defende-se. Diz que fez "todos os esforços" para vender o Banif e que a situação se agravou já depois da queda do Governo PSD/CDS.

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A antiga ministra das Finanças rejeita culpas no desfecho do caso do Banif. Maria Luís Albuquerque considera que a situação do banco agravou-se muito nas últimas semanas, já depois da queda do seu Governo, e admite um problema de supervisão em Portugal.

Em entrevista à TVI, a actual deputada do PSD garante que fez "todos os esforços" para tentar vender os 60,5% que o Estado detinha no Banif. Interessados até houve, mas nunca apareceu nenhum comprador.

“Os possíveis interessados manifestavam interesse, mas nunca aparecia uma proposta. Houve muitas tentativas de venda, teria sido a melhor solução, mas não foi possível.”

Maria Luís Albuquerque rejeita a acusação de inacção ao anterior Governo PSD/CDS feita pelo actual ministro das Finanças, Mário Centeno.

“Não percebo essa acusação de inacção, Fizemos todas as tentativas [oito no total] para aprovar um plano de resolução e um processo de venda paralelo da instituição”, argumenta.

A situação do Banif “foi sempre difícil”, reconhece, e terá piorado recentemente com notícias que provocaram uma “corrida aos depósitos”.

“Acredito que na última semana em particular, desde a notícia da TVI, a situação deve ter-se degradado muito em termos de perda de valor. A situação que havia antes era menos desfavorável, não impedia que tivéssemos tentado encontrar um comprador para o Banif”, defende a antiga ministra das Finanças.

Quanto à solução encontrada de vender o Banif ao Santander, com perdas avultadas para os contribuintes, Maria Luís Albuquerque diz que não está na posse de toda a informação, mas manifesta dúvidas sobre a “repartição de custos entre sistema financeiro e contribuintes”.

A resolução do Banif pode custar cerca de três mil milhões de euros aos cofres do Estado. A antiga ministra de Passos Coelho mostra-se “surpreendida” com a dimensão do “rombo”.

“Não houve nunca nada debaixo do tapete”, garantiu, quando questionado se o problema do Banif foi adiado para permitir uma “saída limpa” do programa da troika.

Reconhece que “há claramente um problema de supervisão” do sistema financeiro nacional, mas mantém a confiança no governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Nesta entrevista à TVI, a antiga ministra afirmou, ainda que “o Banif tem um quota de mercado pequena", mas "o Banco de Portugal entendeu que era sistémico”.

[notícia actualizada às 23h06]

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  • Vasco
    22 dez, 2015 Santarém 21:46
    O culpado sou eu!
  • Beirão
    22 dez, 2015 Tortosendo 16:30
    està ka tem que explicar as ajudas que assesorou por baixo da mesa ao amigo do banif madeira/psd...e agora ven-se a desculpar com juizos de valores de gente séria!! deviam ir todos para a CHOÇA como aconteceu na Islandia!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • Pedro Guerra
    22 dez, 2015 Porto 14:35
    Não tenho dúvidas que o governo de António Costa vai conseguir vender o BES, aliás Novo Banco, por um preço elevado. E também não tenho a menor dúvida que os milhões que lá foram injectados pelos contribuintes, vão ser recuperados. Aguardemos pelo milagre do novo governo. Aos bancos falidos falta-lhes credibilidade e confiança do mercado e isso é fatal ao sistema bancário.
  • Paulo
    22 dez, 2015 vfxira 13:09
    Agora......a culpa é do Mr.Magoo.......que falta de carácter.
  • Alberto Martins
    22 dez, 2015 Lisboa 12:43
    Pois há...e por isso nada melhor do que reconduzir no cargo o sr. Carlos Costa conivente com a situação no BES que até ofereceu 2 semanas mais ao ricardo salgado para sacar uns milhões ao banco...Pelos vistos foi bem reconduzido porque também não viu o BANIF mesmo alertado por Bruxelas...
  • 22 dez, 2015 12:31
    Não gosto nada destas desculpas da treta.
  • 22 dez, 2015 vfx 10:39
    Que irresponsabilidade que estes governantes ou será desgovernantes mostraram com este episódio do banif.Deveriam ser julgados e condenados.
  • Mafurra
    22 dez, 2015 Lisboa 10:19
    "...há um problema de supervisão..." Diz a Ministra. Estou farto de dizer que a culpa é do porteiro do edifício do Ministério que deixa entrar "toda a gente"... Não pode ser. Ele tem que se certificar se são pessoas CREDÍVEIS. Qualquer vendedor de pastilhas elásticas lá entra. E depois dá nisto. Coitada ela nem sabia de nada. Ouviu falar vagamente num caso idêntico no BES. Mas continuou cheia de confiança no Supervisor. E continua...
  • Henrique Santos
    22 dez, 2015 Elizabeth, N.J. 09:27
    Esta Sehora nunca me inspirou confianc,a quando ia a' Asembleia da Re'publica notava-se que sabia bem a letra da musica e com os olhos fechados defendia a " Capa e Espada " o ditado que lhe tinham encomendado . Claro esta' nao caiu quando a Shra. Ministra la' estava mas deixou a ratoeira armada para que outro cai'sse . Sera' que em menos de um Me^s a Shra. Ministra se esqueceu que no fundo da gaveta havia algo escondido aver vamos se mais por ai' aparece .
  • A finória!
    22 dez, 2015 Lx 09:04
    Apresenta-se sempre a desculpar-se das suas responsabilidades. Como diz o ditado popular "Só quem não a conhecer a poderá levar a serio"! Que grande desfaçatez e falta de honestidade intelectual! Quer fazer-nos de tolos com aquele seu ar de pavoneamento!

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