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Banif. Banco de Portugal não esclarece sobre o que devem fazer os depositantes

22 dez, 2015 - 18:45 • João Carlos Malta

A Renascença enviou um conjunto de perguntas para que os depositantes do Banif soubessem ao pormenor o que lhes reserva a passagem para clientes do Santander. Trinta horas e muitas insistências depois, ainda não houve respostas.

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A compra do Banif pelo Santander por 150 milhões de euros levou o país a acordar mais uma vez para os problemas com o sistema financeiro e a regulação. Mas se o país e os contribuintes olham para o caso com preocupação, os depositantes do banco insular olharam-no com redobrado interesse. Era o seu dinheiro que, directamente, estava em causa.

Para responder às questões práticas com que os clientes do Banif se deparam ou vão deparar, a Renascença elencou um conjunto de 11 perguntas ao Banco de Portugal, como regulador do sistema financeiro. Passadas 30 horas do pedido de esclarecimentos, e depois de reiteradas tentativas para obter respostas com promessas sempre adiadas da mesma, publicamos as perguntas que fizemos e que ainda não obtiveram resposta.

As mesmas têm ainda mais relevância quando esta terça-feira se soube que o Santander Totta, que comprou o Banif, anunciou que os clientes do banco resgatado "estão a usar os balcões normalmente, podendo realizar qualquer operação", mas que ainda não se podem deslocar às sucursais do banco espanhol.

Em declarações à Lusa, um porta-voz do Santander Totta frisou que "os clientes do Banif estão a usar os 160 balcões e podem movimentar normalmente as suas contas", não podendo ainda "deslocar-se ao Santander porque ainda não houve uma migração operacional", até porque "só se passaram praticamente 24 horas desde a decisão da medida de resolução".

As perguntas enviadas pela Renascença ao Banco de Portugal:

  • Que consequências tem esta medida de resolução para os clientes do Banif?
  • Como cliente do Banif, com quem se deve relacionar partir de agora? O que deve fazer? Terá algum custo?
  • O cliente poderá continuar a dirigir-se ao balcão do Banif que habitualmente frequenta?
  • Quais os depósitos que foram transferidos?
  • As condições acordadas anteriormente em cada um dos depósitos mantêm-se ou sofrerão alterações e adaptar-se-ão às que são praticadas pelo Banco Santander que agora detém o Banif?
  • Os juros dos depósitos transferidos serão pagos pelo Santander?
  • O depositante tem de fazer alguma coisa para continuar a usar os serviços bancários prestados pelo Santander?
  • A transferência do depósito para o Santander tem algum impacto nos débitos directos autorizados através da conta bancária que tinha no Banif?
  • A transferência do depósito para o Santander tem algum efeito nos recebimentos na conta bancária (por exemplo, no recebimento do vencimento)?
  • O que acontece aos empréstimos concedidos pelo Banif? Como se fará o pagamento do capital e juros em dívida desses empréstimos?
  • O cliente pode pedir um novo empréstimo ou solicitar a renovação das linhas de crédito?

Sobre os clientes do Banif, a entidade presidida por Carlos Costa, até ao momento, pouco disse.

No comunicado que deu conta da medida de resolução aplicada ao banco escreveu que "os clientes podem realizar todas as operações como habitualmente, quer aos balcões, quer nos canais electrónicos. Os clientes do Banif passam a ser clientes do Banco Santander Totta e as agências do Banif passam a ser agências daquela instituição".

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  • José Silva
    22 dez, 2015 Paço de Arcos 21:54
    A comissão administrativa liderada pelo grande chefe kosta vai reunir com katarina, Mortágwa e Yeronimus e decidirão uma vez mais a contento do povo. Passos vota contra o rectificativo. Com a comissão administrativa não deve haver contemplações pois já conseguiram falir um banco em 3 semanas. É obra.
  • passado adiado
    22 dez, 2015 lisboa 19:03
    "ainda não esclareceu sobre o que devem fazer os depositantes" e quando o fizer já nada haverá a fazer: este país tornou-se num bando de incompetentes autorizados a tudo fazer em nome da democracia
  • Paulo
    22 dez, 2015 vfx 18:56
    Era bom contratar um estrangeiro para o lugar de governador do banco de Portugal,tanto o anterior como este,nunca conseguiram antever,ver ou resolver problemas.

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