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Estado estende reembolsos do Novo Banco por um ano

22 dez, 2015 - 07:22

O BES acabou a 3 de Agosto de 2014, dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros. Foi criado o Novo Banco, cuja primeira tentativa de venda falhou. Foi agora apresentado o plano de recapitalização e de plano de reestruturação.

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O Governo decidiu manter as garantias aos empréstimos obrigacionistas do Novo Banco, no valor de 3,5 mil milhões de euros, e estendeu o prazo de reembolso por mais um ano face ao inicialmente previsto.

Segundo os despachos assinados pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, publicados esta terça-feira em Diário da República, as obrigações vencem a 6 de Janeiro de 2017 (mil milhões), 23 de Dezembro de 2016 (mil milhões) e 17 de Fevereiro de 2017 (1,5 mil milhões de euros).

Os despachos anteriores, assinados pela sua antecessora, Maria Luís Albuquerque e publicados a 26 de Dezembro de 2014 apontavam como maturidade destes empréstimos os dias 6 de Janeiro de 2016, 23 de Dezembro de 2015 e 17 de Fevereiro de 2016, respectivamente.

Os empréstimos visam "fazer face à necessidade de manutenção de colaterais para utilização em operações de política monetária do Eurosistema ou de prestação de garantias" para prosseguir à actividade de concessão de crédito.

O BES, tal como era conhecido, acabou a 3 de Agosto de 2014, dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros.

O supervisor bancário, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os activos e passivos de qualidade num “banco bom”, denominado Novo Banco, e os passivos e activos tóxicos, no BES, o “banco mau”, que ficou sem licença bancária.

Depois da primeira tentativa de venda do Novo Banco ter falhado, em Setembro, o Banco de Portugal cancelou o processo.

O Banco de Portugal já tinha dito que, caso seja necessário, "existem argumentos que justificam a extensão do prazo de dois anos" para a venda do banco.

O Novo Banco apresentou recentemente o plano de recapitalização ao Banco Central Europeu (BCE) e o plano de reestruturação à Direcção da Concorrência da Comissão Europeia e o Banco de Portugal contratou o ex-secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, para liderar a venda do banco de transição, cujo accionista é o Fundo de Resolução.

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  • passado adiado
    22 dez, 2015 lisboa 11:24
    é sempre mais do mesmo. até quando vamos pagar os "buracos" dos banqueiros? eles recebem do bem bom enquanto os "cofres" têm dinheiro, e quando "esgota" é o zé-povo a pagar a fatura vitalicia . . . até quando?

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