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Governo admite antecipar redução para 35 horas de trabalho semanal

12 jan, 2016 - 19:08 • Henrique Cunha

O Governo queria que a medida entrasse em vigor apenas em Julho, mas perante a ameaça de uma greve da Função Pública, pode acelerar o processo.

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O Governo não exclui a possibilidade de antecipar a data da redução para 35 horas de trabalho semanal, que o PS sugeria que entrasse em vigor apenas em Julho.

Numa reacção à ameaça de greve dos sindicatos da Função Pública caso o Executivo não recue na data de entrada em vigor das 35 horas na Administração Pública, fonte do Ministério das Finanças garante que o Governo vai aproveitar o período de discussão dos diplomas – previsto para quarta-feira - para introduzir “soluções” que travem a despesa com pessoal, designadamente ao nível das horas extraordinárias.

As finanças – num esclarecimento à Renascença – garantem que a promessa eleitoral de redução do horário de trabalho semanal é para cumprir mas referem que vão aproveitar a fase de discussão e análise dos diplomas para apresentar soluções que reduzam o risco de impacto da despesa pública, “designadamente por aumento de trabalho suplementar”.

A Frente Comum, afecta à CGTP, exige que a medida entre em vigor já, como está previsto nos projectos do Bloco de Esquerda e do PCP que são discutidos quarta-feira e ameaça com greve a 29 deste mês.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, afecto à UGT, admite aderir a esta greve da Frente Comum, mas remete uma decisão para depois de uma reunião amanhã com a secretária de estado da administração pública.

Depois da discussão de quarta-feira, os diplomas de PS, Bloco e PCP são votados na sexta. Bloco e PCP defendem a rápida reposição das 35 horas para todos os funcionários públicos.

O PS queria que a medida entrasse em vigor apenas em Julho, e ainda esta terça-feira deu sinais de poder aceitar a antecipação da medida, mas apesar dos esforços da renascença não foi possível confirmar com a direcção do grupo parlamentar essa possibilidade.

Comentários
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  • guima
    13 jan, 2016 Cascais 18:23
    Pois claro que admite, afinal não é o PCP/INTER que marcam a agenda do governo, as pessoas ainda não perceberam que o governo está refém da esquerda radical? Estou para ver quem será o investidor que se vai aventurar a investir neste país.
  • Petervlg
    13 jan, 2016 Trofa 09:10
    estes ainda não viram que tem que aceitar o que o pcp e be pretende

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