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OE 2016. Bloco não aceita "medidas de compensação"

31 jan, 2016 - 19:06

Catarina Martins reafirma que o objectivo é "a recuperação de rendimentos".

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O Bloco de Esquerda manifesta-se confiante num acordo com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2016, mas adverte que recusará "medidas de compensação" que atenuem a acordada devolução de rendimentos "retirados" nos últimos anos.

Esta posição foi assumida pela porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, em conferência de imprensa, no final de uma reunião da Mesa Nacional desta força política, depois de questionada sobre o estado das negociações com o Governo para a aprovação do Orçamento do Estado para 2016.

Catarina Martins recusou-se a abordar pontos específicos dessas negociações, mas frisou que o acordo feito entre o Bloco de Esquerda e o PS tem como objectivo "a recuperação de rendimentos".

"Para nós, a preocupação é que não haja medidas de compensação que retirem às pessoas a possibilidade de devolução de parte dos rendimentos que lhes foi tirado pela austeridade. Não podemos parar o empobrecimento por um lado e prejudicar os rendimentos de quem menos tem por outro", declarou Catarina Martins, que, logo a seguir, apesar de questionada pelos jornalistas, não quis aprofundar este ponto da sua intervenção.

Durante a conferência de imprensa, a porta-voz do Bloco de Esquerda disse que as negociações com o PS e com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2016 estão a ser feitas "num quadro de elevada confiança, clareza e transparência".

"O Bloco de Esquerda leva a sério os seus compromissos e não volta atrás com a sua palavra. Há pontos que são para nós complexos e até preocupantes, estamos a negociar com o Governo no quadro do acordo firmado [com o PS]. E, enquanto for neste quadro, o Bloco de Esquerda naturalmente não falha. Negociaremos cada um desses pontos", declarou ainda.

Nos planos económico e financeiro, Catarina Martins criticou as opções do Governo em processos como o Banif, considerando que cedeu a Bruxelas, mas os seus ataques mais violentos foram dirigidos à Comissão Europeia, que acusou de estar a exercer "chantagem" sobre Portugal.

No comunicado final da reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda refere-se que em Fevereiro e Março serão organizadas várias sessões públicas sobre "a chantagem europeia" e a proposta de Orçamento do Estado para 2016.

"A chantagem europeia contra as medidas de recuperação de rendimentos, querendo tornar permanentes cortes que o Governo anterior apresentou como temporários, exige determinação na defesa de Portugal", afirmou Catarina Martins, aqui numa nota de pendor mais nacionalista.

Ainda ao nível da política europeia, Catarina Martins referiu a condenação de medidas recentemente tomadas em França, Suécia e Dinamarca contra minorias e refugiados.

"O Bloco de Esquerda reitera a necessidade de estabelecer corredores humanitários que protejam quem foge da guerra e permitam um acolhimento, como é dever dos países da União Europeia", lê-se no comunicado aprovado pelo órgão máximo do Bloco de Esquerda entre convenções.

Comentários
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  • marques
    02 fev, 2016 Gondar 09:53
    O "virar da página da austeridade" não é nada mais do que um sonho vendido por quem quis (e conseguiu) à força toda ser PM. Infelizmente, as vitimas da austeridade anterior vão continuar a ser as vitimas da austeridade (nada inferior) futura. Tudo isto porque, aqueles que se dizem defensores do povo, dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas, são tão maus ou piores ainda do que os outros. Vamos "pagar as vacas ao dono" custe o que custar, com mais ou menos demagogia, com mais ou menos maquilhagem das contas. Dar com uma mão e tirar com a outra não é virar a pagina da austeridade, é mudar para uma outra página em que o escrito é a continuação da pagina anterior. Estes políticos metem nojo e o povo começa a ficar cansado. Mais de metade dos eleitores já mandou os políticos às urtigas e os restantes não tardarão a fazer o mesmo. ABRAM OS OLHOS e deixem-se de gastar o que não há. Acabem com os ninhos de gastos e gastadores e deixem-nos para quem sabe gerir. Ponham fim a tudo quanto são mordomias de toda a classe política. Eliminem institutos e outras instituições que existem apenas para colocar os boys dos partidos. Seriam uns bons milhões que se poupavam e se poderiam aplicar naquilo que é bem mais importante e necessário como a Saúde e a Educação. Deixem-se de ganâncias pelo poder. Sirvam Portugal e não se sirvam de Portugal para a satisfação de interesses partidários e de outras seitas.
  • joao
    01 fev, 2016 Portugal 16:59
    Consta que na casa da Catarina chefe da troica houve uma discussão interessante sobre a alteração de situação que os portugueses usam mas que a Catarina considera facista e por vai propor que a partir do 25 de Abril os portugueses passam a conduzir pela esquerda para fugirem a uma ideia facista ..alguns BE que estudaram e coisa parecida em Inglaterra disseram que guiar pela esquerda era conservador e ficou-se num impasse telefonaram ao Costa e como iluminado sugeriu que a linha central das estradas fosse bem mais larga permitindo que os neutros pudessem circular...o Mda Saude tambem sugeriu que podamos usar a rotação 2,4, e 6 andamos pela direita 3,5, e S andamos pela esquerda e no domingo andamos por nos apetecer como é a democracia da Catarina
  • Antonio
    01 fev, 2016 Tomar 15:30
    Alguém tem de defender Portugal e os portugueses e ainda bem que há pessoas como a Catarina Martins que luta por uma causa justa, mas também temos de ver o estado a que o nosso país chegou e isso devido a erros e oportunistas do passado, mas estamos na UE e na zona EURO e temos de continuar só que não pode ser só à custa da austeridade e da pobreza a que nos querem submeter pois os governos até hoje não se preocuparam ou não conseguiram fazer a dita reforma do Estado ou seja eliminar e cortar os excessos e as gorduras em setores onde podem ser cortadas e não a cortar reformas baixas, pensões baixas , ordenados baixos, apoios sociais dos quais muitas pessoas dependem, na saúde, na educação etc... será apenas uma questão de vontade politica cortar onde devem cortar.
  • 01 fev, 2016 castanheira 12:06
    O Sr.João Lopes deve ser mais um que anda a "mamar" á custa do povo,deve ser laranjinha ou irrevogável,um dia,terá de emigrar,quando isto virar.
  • Ao joão lopes
    01 fev, 2016 coment...de mer... 10:26
    Não é o dinheiro dos outros que está em causa, mas o teu país quis se integrar numa união europeia para não produzir, para não competir, para ser dependente para a sobrevivência, para estar subjugado às imposições da troika e ser subserviente às suas imposições porque houve muitos traidores à sua pátria que permitiram isto tudo, resultado, estamos integrados numa união europeia mas somos dos mais pobres, os que têm os salários mais reduzidos, dos maiores em desemprego, com toda a gente a querer emigrar. Com cortes a torto e a direito até na saúde.... Este país chegou ao ponto de olhar para um trabalhador, não como uma pessoa que produz e com direito à dignidade, mas como coisa que gera despesa, fazendo-se tudo e mais alguma coisa para reduzir salários ou despedir, para vir um idiota como tu ainda falar no dinheiro dos outros. Ninguém quer o dinheiro dos outros, o que toda a gente quer é um trabalho e o seu direito à dignidade. Vocês respeitam tanto a sua pátria que são capazes de defender mais a troika que uma família que passe fome...CAMBADA DE .....
  • João Lopes
    01 fev, 2016 Viseu 09:11
    A senhora D. Catarina Martins, chefe da Esquerda Leninista, Intolerante e Fraturante, quer a recuperação de rendimentos, mas paga por quem? Estas pessoas são sempre “muito generosas” com o dinheiro dos outros…
  • Jorge
    31 jan, 2016 Leiria 21:56
    ahahahahahahahahah...
  • 31 jan, 2016 castanheira 20:30
    Que pena A Catarina não ser a 1ª ministra de Portugal,ela se bateria em Bruxelas e em todo o lado por Portugal e pela mehor vida do povo.

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