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CGTP desafia Governo a resistir às pressões de Bruxelas

03 fev, 2016 - 01:59

Arménio Carlos defende que deve ser criada uma onda de "uma contestação nacional a esta ingerência" europeia.

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O Governo tem de resistir às pressões da Comissão Europeia para aplicar medidas de austeridade para controlar o défice, defende a CGTP. A central sindical apela à criação de um movimento de contestação nacional à ingerência europeia.

"A Comissão Europeia (CE) persiste numa linha errada, que pressupõe a retirada de direitos às pessoas, por isso, é necessário que o Governo resista a esta pressão e é necessário criar uma contestação nacional a esta ingerência, para mostrar que o caminho não pode continuar a ser este", disse o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, aos jornalistas.

Para o sindicalista, os problemas levantados pela CE ao esboço de Orçamento do Estado apresentado pelo Governo português, "não têm tanto a ver com o cumprimento das metas orçamentais".

"O grande problema é que as mudanças possam continuar em Portugal", acrescentou.

"Por isso, o Governo português deve ter uma voz forte, de confronto, para conseguir pôr em prática novas políticas mais favoráveis aos trabalhadores e às suas famílias", disse Arménio Carlos em conferência de imprensa, no final de uma reunião do Conselho Nacional da central.

Arménio Carlos manifestou a convicção de que o Governo socialista "não se deixará envolver neste processo".

Mas, caso o Governo ceda, irá pôr em causa as promessas do primeiro-ministro, de que o Orçamento do Estado para 2016 respeitará os compromissos assumidos com os outros partidos de esquerda e com o povo português, disse o sindicalista.

Na conferência de imprensa, Arménio Carlos divulgou uma resolução aprovada pelo Conselho Nacional, onde são reivindicadas melhores condições de vida e de trabalho, o combate à ingerência europeia e novas políticas para o país.

No documento, a CGTP defende a reposição dos rendimentos dos portugueses, uma nova política fiscal, uma mais justa distribuição da riqueza e a renegociação da dívida pública.

"Para a CGTP-IN é possível e incontornável a renegociação da dívida e o confronto com as regras do Tratado Orçamental e do Pacto de Estabilidade, instrumentos que hipotecam o desenvolvimento nacional e põem em causa a soberania do país", diz a resolução.

Arménio Carlos considerou que "a dívida é impagável" e "vai continuar a limitar o desenvolvimento do país".

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  • Tania
    03 fev, 2016 frança 10:45
    Dívida impagável????? Primeira lição básica de economia: não contrair uma dívida que não se pode pagar!!! Realmente é muito fácil pedir o dinheiro... Esbanja-lo e depois dizer que essa "dívida" impede o crescimento do país... Mas que raio de pensar é este??? Como pode um português ter orgulho de ser português se o seu próprio país não é capaz de respeitar os acordos feitos com os seus credores e pagar as suas dívidas??? É este o exemplo que essa gente quer passar para fora: "temos uma dívida com a Europa mas não pagamos"
  • Manel Alentejano
    03 fev, 2016 Évora 09:47
    EM VEZ DE SE PREOCUPAREM EM REIVINDICAR O HORÁRIO DE TRABALHO DE 40HORAS OU DE 35HORAS, IGUAL PARA TODOS OS PORTUGUESES, ESTES PARASITAS DOS SINDICATOS, ANDAM NA POLITICA PARTIDÁRIA! SÃO UNS SACANAS! E SÓ SERVEM INTERESSES CORPORATIVISTAS!ESTÃO-SE CAGAND...PARA OS POBRES E OS DESFAVORECIDOS! É ESTA A IGUALDADE DO PCP-BE -PS? RUA COM ESTES PALHAÇOS...RUA COM ELES....SÃO A VERGONHA DOS MAIS POBRES!!!!
  • João Lopes
    03 fev, 2016 Viseu 08:32
    A CGTP, marxista, está ao serviço do partido comunista português, não ao serviço de Portugal nem dos portugueses.
  • Barbeiro
    03 fev, 2016 Braga 08:16
    Dívida impagável : O Senhor Américo Carlos diz que a dívida é impagável . Mas , contrair a dívida foi fácil, gastar o dinheiro dos outros não custou nada, agora é só dizer não pagámos, onde está a nossa dignidade? Quem poderá respeitar um povo sem palavra, sem responsabilidade, e sem vergonha. É essa a imagem que querem deixar esses senhores dos sindicatos mais alguns partidos da pulitica portuguesa. Só tem uma explicação, gentinha falssa, sem carácter, sem respeito por si mesmo. Sou trabalhador por conta de outrem, pago os meus impostos custa a pagar, mas quero continuar a dizer que sou Português, sem vergonha, e com orgulho. Que haja justiça contra a corrupção, sejam castigados e façam-nos pagar com penas pesadas que sirvam de exemplo. Nós cidadãos, só temos de analisar quem é o pai, deste monstro da dívida Portuguesa, e nas próximas eleições, votarmos com responsabilidade. Escolher quem nos representa com honras e com dignidade. Viva Portugal e os Portugueses com honra. (BARBEIRO )

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