04 fev, 2016 - 11:03
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O Ministério das Finanças diz que a posição do Fundo Monetário Internacional (FMI) acerca das negociações sobre o Orçamento do Estado não reflecte “os desenvolvimentos negociais” com Bruxelas, realçando que o organismo não participou das consultas técnicas.
“O referido comunicado não reflecte os desenvolvimentos negociais ocorridos no âmbito das consultas técnicas entre as autoridades portuguesas e os serviços da Comissão Europeia no que respeita ao esboço de Orçamento do Estado de 2016”, esclareceu esta quinta-feira o Ministério de Mário Centeno.
No mesmo comunicado, o Ministério das Finanças realçou que “o FMI não participou nas consultas técnicas mantidas entre Portugal e a Comissão Europeia sobre esta matéria”.
O FMI voltou a referir que o “enfraquecimento do ímpeto reformista no futuro poderá diminuir as perspectivas de crescimento e emprego”, reiterando que os aumentos do salário mínimo podem dificultar o acesso ao emprego dos trabalhadores menos qualificados.
O Fundo publicou esta quinta-feira o seu comunicado a dar conta do fim da terceira avaliação pós-programa de resgate a Portugal, que terminou na quarta-feira e que juntou novamente em Lisboa e durante uma semana os técnicos do FMI, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu.
Esta avaliação pós-programa – realizada entre 27 de Janeiro e 3 de Fevereiro – é a primeira desde que o novo Governo liderado por António Costa, que começou já a reverter algumas medidas de austeridade implementadas durante o período do resgate, tomou posse.