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Lesados do BES em ronda de protesto por agências de bancos espanhóis em Lisboa

04 fev, 2016 - 12:02

Associação quer "alertar os possíveis compradores do Novo Banco para as consequências da não resolução da problemática do papel comercial" do Grupo Espírito Santo.

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A Associação de Lesados de Papel Comercial (AIEPC) do Grupo Espírito Santo (GES) organizou um novo protesto em Lisboa, com os manifestantes a fazerem um "périplo" por agências dos bancos espanhóis apontados como potenciais compradores do Novo Banco.

O objectivo da AIEPC é "alertar os possíveis compradores do Novo Banco para as consequências da não resolução da problemática do papel comercial" do Grupo Espírito Santo (GES).

Desde que o Banco Espírito Santo (BES) foi alvo de uma medida de resolução, no Verão de 2014, que clientes do retalho detentores de papel comercial do GES, que compraram os títulos aos balcões do BES, têm vindo a desenvolver várias acções com vista a recuperar o dinheiro investido.

De acordo com as informações recolhidas pela agência Lusa, são actualmente 2.040 os subscritores de papel comercial que reclamam cerca de 400 milhões de euros.

Sobre o protesto desta quinta-feira, cujo arranque é junto à sede do Novo Banco, a associação que representa estes clientes que se sentem lesados diz que este será apenas "um ensaio de como serão os protestos caso os bancos espanhóis comprem o Novo Banco e o problema não esteja resolvido", uma vez que garantem que "nunca se resignarão nem nunca deixarão de lutar pelas suas poupanças".

Os manifestantes voltam a dizer que têm notado uma "abertura positiva" pela parte do actual Governo para resolver o seu problema, mas dizem que não baixarão os braços "até essa intenção estar devidamente formalizada".

Depois de o processo de venda do Novo Banco ter sido suspenso em Setembro passado, foi relançado formalmente já este ano.

O Santander Totta, que foi um dos interessados na primeira tentativa de venda do Novo Banco, escusou-se a semana passada a comentar especificamente se irá concorrer outra vez ao novo processo de alienação daquela instituição.

Já o BPI também foi parco na informação, mas disse que vai voltar a estudar as condições de venda, tal como fez no primeiro concurso.

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