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Imposto sobre combustíveis pode aumentar mais

11 fev, 2016 - 11:37

Tal acontecerá se houver outra redução “significativa” do preço do petróleo, diz o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

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O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, admitiu esta quinta-feira aumentar o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) ao longo do ano se houver "outra redução significativa" do preço do petróleo.

"Se houvesse outra redução significativa do preço dos combustíveis, acho que teria de se ponderar outro aumento do ISP", afirmou Rocha Andrade, à margem de uma conferência sobre a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2016 organizada em Lisboa pela consultora PwC e pela Universidade Católica.

"O imposto nos combustíveis serve para manter o desincentivo à utilização do veículo individual de transporte ou um incentivo à utilização de veículos mais eficiente", acrescentou.

Para o secretário de Estado, "da mesma maneira que será possível aliviar o ISP se o preço dos combustíveis aumentar, também se deve dizer que será até desejável ponderar um outro aumento se muito significativamente o preço dos combustíveis se reduzir".

Segundo a proposta do OE2016, o Governo pretende aumentar o ISP em seis cêntimos por litro na gasolina sem chumbo e no gasóleo rodoviário. O Executivo espera arrecadar 120 milhões de euros com o aumento deste imposto.

Dedução fixa por filho não será inferior a 550 euros

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais garante que a dedução fixa por filho atribuída em sede de IRS não será inferior a 550 euros e que os trabalhos técnicos em curso asseguram que o valor será superior.

Questionado sobre se o valor previsto para a dedução fixa por filho, que a proposta orçamental estabelece nos 550 euros, pode ser inferior, o governante garantiu que "não pode".

"Quando se fez o OE2016, e tendo-se consciência de que o calendário da apresentação da proposta de lei não era compatível com a conclusão das simulações, fez-se para a dedução fixa uma avaliação o mais conservadora possível e fixou-se esse valor nos 550 euros, tendo-se a noção nesse momento de que esse valor não iria descer", disse Fernando Rocha Andrade.

O governante acrescentou que os trabalhos técnicos que o Ministério das Finanças está a desenvolver permitem garantir desde já que o valor da dedução fixa por filho será superior aos 550 euros, embora não se tenha comprometido com nenhum montante.

"A continuação dos trabalhos que temos feito assegura-nos que [a dedução fixa por filho] irá subir num valor que não vou neste momento revelar porque ainda não o temos certo, mas que levaremos à Assembleia da República como um valor que garante a neutralidade fiscal", reiterou.

Segundo esclareceu o secretário de Estado, o objectivo é que o valor final da dedução fixa por filho possa garantir que "o rendimento que deixa de ser atribuído aos contribuintes pela revogação do quociente familiar continua a ser devolvido aos contribuintes exactamente no mesmo montante global através das deduções fixas", que o Governo considera serem "uma forma mais justa de fazer essa devolução de rendimentos".

Rocha Andrade adiantou também que "antes de se tomar uma decisão, o Parlamento conhecerá os dados técnicos que fundamentam o valor que assegure a neutralidade fiscal", sublinhando que "o valor definitivo da dedução fixa por filho será conhecido” pela Assembleia da República “ainda durante este processo orçamental".

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  • Zita
    15 fev, 2016 lisboa 10:04
    É isso mesmo carrega governo de oportunistas em quem produz, em quem trabalha para que os parasitas tenham uma vida faustosa. sim porque é que os administradores de empresas públicas, falidas, continuam a ganhar vencimentos principescos? Porque é que não cortam aí?
  • Manuel Pinto
    14 fev, 2016 Custoias 14:25
    Porque não reduzir aos salários de gestores públicos e gente parasita que ganham fortunas? Neste país à gente que é aumentada 10 000.00€ por mês enquanto a classe trabalhadora não ultrapassa os 800.00€ mês para não falar de uma maioria que sustenta este país e chegam a roçar o salário mínimo. Porque não recuperar os milhões de euros que fogem ao fisco todos os anos até prescreverem? Não deviam tributar os mais ricos? os causadores desta crise?
  • Eborense
    11 fev, 2016 Évora 19:38
    Há quem diga que acha bem o aumento dos combustíveis e a seguir diz que é preciso que os bens essenciais não aumentem. São estas inteligências que puseram a geringonça no governo!
  • Rui
    11 fev, 2016 Lisboa 13:59
    Por mim só consigo pôr 5 euros de 2 em 2 dias para ir trabalhar, mais 5 cêntimos menos 5 cêntimos não me chega para ir passear ao fim de semana.
  • Gaspar Zinho
    11 fev, 2016 Frankfurt 13:45
    Acho bem, quem quer luxos deve pagá-los! Mas atenção, é preciso que os impostos não aumentem para os bens essenciais, pão. leite, etc!
  • justo
    11 fev, 2016 Leiria 13:07
    Parabéns a quem votou neste desgoverno!

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