25 fev, 2016 - 19:23
A equipa de gestão do Novo Banco esclareceu esta quinta-feira que a reestruturação da entidade implica a saída de até 500 trabalhadores em 2016, e não de mil, devido à redução de pessoal já feita nos últimos meses.
Num comunicado interno dirigido aos funcionários do banco, a que a agência Lusa teve acesso, a administração liderada por Eduardo Stock da Cunha reconheceu "a inevitabilidade de redução de colaboradores", mas destacou que "o esforço que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos meses, nomeadamente por via de reformas antecipadas, irá permitir limitar o esforço de redução de colaboradores ainda por concretizar para um número não superior a 500".
Algumas horas antes, numa nota de imprensa, a Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT) do Novo Banco tinha dito que " o banco terá que reduzir em 2016, cerca de mil postos de trabalho, sendo suposto que 500 sejam através do recurso a um despedimento colectivo".
Este comunicado interno foi distribuído algumas horas depois de uma série de reuniões entre os membros do Conselho de Administração (CA) e o director de Recursos Humanos do Novo Banco com a CNT e com os representantes das estruturas sindicais (SBSI, SBN, SBC, SNQATB, SIB e SINTAF).
"Nestas reuniões foi reafirmada pelo CA a convicção quanto à viabilidade económica do grupo, mas foi também apresentada a inevitabilidade de redução de colaboradores", informou a gestão.
E acrescentou: "O Grupo Novo Banco prosseguirá agora num trabalho conjunto com as estruturas representantes dos trabalhadores com vista a definir as vias mais adequadas para alcançar a redução total imposta pelas autoridades no prazo que permita atingir a redução de custos operacionais, igualmente exigida, de 150 milhões de euros em 2016".
A equipa de Stock da Cunha garantiu ainda que está "fortemente empenhada" em que este processo "decorra com serenidade e garantindo os melhores interesses do Grupo Novo Banco, dos seus colaboradores e dos seus clientes".
No ano passado, o Novo Banco cortou o número de colaboradores em 411 para 7.311 funcionários e reduziu 40 agências para um total de 635, de acordo com os números apresentados na quarta-feira pela instituição durante a divulgação das contas de 2015.
O número de trabalhadores no mercado doméstico baixou para 6.571 colaboradores no ano passado, menos 261 do que em 2014, e foram encerradas 35 agências para um total de 596 em Portugal.
Já na actividade internacional o quadro de pessoal foi reduzido em 150 trabalhadores para um total de 740 e o número de balcões baixou para 39, menos cinco do que em 2014.