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CGTP exige salário mínimo nos 600 euros em 2017

27 fev, 2016 - 17:50

Central exige também a diminuição da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho e a revogação imediata da sobretaxa do IRS, bem como o desagravamento do IVA e do Imposto Municipal sobre Imóveis.

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O congresso da CGTP aprovou por maioria a carta reivindicativa da central sindical que exige, entre outras matérias, a subida do salário mínimo nacional (SMN) para os 600 euros em 2017 e a revogação imediata da sobretaxa de IRS.

De acordo com o documento, aprovado por maioria e uma abstenção, e cujas reivindicações vão vigorar no próximo mandato, a Central exige a subida do SMN e a sua evolução progressiva, com actualização a 1 de Janeiro de cada ano, "sem contrapartidas para o patronato".

Da proposta, aprovada este sábado no segundo e último dia do congresso da Inter, em Almada, constam também a exigência da diminuição da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho e a revogação imediata da sobretaxa do IRS, bem como o desagravamento do IVA e do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

A defesa da luta pelo aumento da produção e a criação de emprego e pela manutenção dos postos de trabalho está igualmente espelhada neste documento reivindicativo, que está dividido em nove pontos prioritários para a CGTP e que deverão determinar os próximos quatro anos.

O aumento generalizado dos salários, bem como a defesa da contratação colectiva são outras reivindicações da Inter presentes na carta.

A CGTP reivindica ainda a valorização dos serviços públicos, do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a defesa das funções sociais do Estado, da escola pública, e o combate à pobreza e exclusão social.

Intensificar luta reivindicativa

O programa de acção da CGTP promete ainda intensificar nos próximos quatro anos a luta reivindicativa para tentar resolver os problemas dos trabalhadores e melhorar as suas condições laborais.

O documento programático, que define a estratégia da Central para o próximo quadriénio, foi aprovado por maioria, com 55 abstenções e nenhum voto contra, entre os 730 delegados.

O documento, dividido em cinco capítulos, faz uma análise detalhada de vários temas que marcam a actualidade política, económica e social e são definidas as prioridades para o próximo mandato.

Para concretizar os seus objectivos, a central sindical defende a necessidade de ser reforçado o papel e a acção dos sindicatos nos locais de trabalho, de forma a alargar a sua influência e dinamizar e intensificar a luta dos trabalhadores em defesa da valorização do trabalho e dos salários.

Comentários
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  • Bruno Graça
    28 mar, 2016 Porto 17:09
    Não me choca que se peça, constantemente, o aumento do salário mínimo (antes pelo contrário). O que me choca, e que não vejo rigorosamente ninguém a opinar, é como é possível passarmos ano após ano, a defender e aumentar o salário mínimo (pelos vistos a próxima meta passa por €600) e não se defender o aumento proporcional dos restantes vencimentos. Porque se as dificuldades são sentidas por que ganha o ordenado mínimo, não deixam de ser dificuldades o que os que ganham no limiar a seguir ao ordenado mínimo sentem também. Há que haver equidade, pois como dizia o outro "ou há moralidade, ou pagam todos".

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