04 mar, 2016 - 17:09
A administração do Novo Banco propõe trocar o previsto despedimento colectivo de 500 funcionários por rescisões amigáveis.
Esta alternativa foi já comunicada à Comissão de Trabalhadores que, contactada pela Renascença, afirma que continua a rejeitar esta solução.
“Registamos que há um recuo por parte da administração, no entanto, não dizemos que é positivo. Queremos é evitar esse tipo de despedimentos", afirma Rui Geraldes, coordenador da Comissão de Trabalhadores.
"Não nos foi dada
qualquer data. Foi-nos dito que será um processo rápido, a fim de atingir o objectivo
de redução de custos de 150 milhões” até ao final do ano, sublinha Rui Geraldes em declarações à
Renascença.
A Comissão de Trabalhadores lembra que é a própria administração da instituição bancária que classifica o Novo Banco como viável. Salienta que é o terceiro maior do país, um dos mais bem capitalizados e com resultados positivos.
No ano passado, o Novo Banco cortou o número de colaboradores em 411 para 7.311 funcionários e reduziu 40 agências para um total de 635, de acordo com os números apresentados na quarta-feira pela instituição durante a divulgação das contas de 2015.
O número de trabalhadores no mercado doméstico baixou para 6.571 colaboradores no ano passado, menos 261 do que em 2014, e foram encerradas 35 agências para um total de 596 em Portugal.
Já na actividade internacional o quadro de pessoal foi reduzido em 150 trabalhadores para um total de 740 e o número de balcões baixou para 39, menos cinco do que em 2014.
[notícia actualizada às 18h56]