07 mar, 2016 - 20:39
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O primeiro-ministro, António Costa, desmente a Comissão Europeia e garante que, para já, não existe a necessidade de Portugal avançar com medidas de austeridade adicionais.
“O nosso compromisso é uma execução rigorosa do Orçamento de forma a diminuir os riscos e reforçar a confiança. Como temos dito, o nosso Plano B é executar o Plano A e é aí que temos estado a trabalhar”, disse António Costa aos jornalistas, em Bruxelas.
“Gostaria de reafirmar que não vemos qualquer razão para alterar o Orçamento, não vemos qualquer razão para temer a nossa capacidade de dar uma boa execução ao Orçamento, não vemos qualquer razão para recearmos não alcançarmos os objectivos muito ambiciosos que estão contidos no Orçamento”, reforçou o primeiro-ministro.
O chefe do Governo mantém a meta de baixar o défice para 2,2% do PIB, de cortar o défice estrutural em 0,3 pontos percentuais e compromete-se com uma "redução significativa da dívida pública".
"A execução orçamental de Janeiro confirma que temos condições para o fazer, os primeiros dados de Fevereiro também. Tal como nos comprometemos, faremos o trabalho de casa necessário para a eventualidade desta trajectória não se confirmar e ser necessário adoptar outras medidas, mas elas só serão adoptadas se e quando necessárias. Neste momento, não temos nenhuma razão para achar que elas são necessárias", garante António Costa.
O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, tinha declarado esta esta segunda-feira que as medidas orçamentais adicionais que o Governo português ficou de preparar terão mesmo que ser implementadas e indicou que abordará o assunto em Lisboa na quinta-feira.