08 mar, 2016 - 08:06
O Banco de Portugal admite vender parte do Novo Banco até Julho. O plano envolve duas hipóteses: através da venda directa a investidores institucionais ou a dispersão de capital em bolsa.
O supervisor vai realizar um “roadshow” pelas principais praças financeiras da Europa e da América do Norte, na segunda quinzena de Março, com vista a atrair investidores para o processo de venda, segundo avança o “Diário Económico”.
Sérgio Monteiro, gestor da venda do banco, vai manter contactos com potenciais investidores.
Bruxelas autorizou o alargamento do prazo para venda até Agosto de 2017, mas, em troca, exigiu uma prova do esforço que demonstre o compromisso de Lisboa no sentido de vender a instituição que herdou os activos saudáveis do antigo BES. Esse sinal deve cumprido até Julho de 2016, escreve o jornal.
O Novo Banco registou prejuízos de quase mil milhões de euros durante o ano passado.
A equipa de gestão do Novo Banco revelou, em Fevereiro, que a reestruturação da entidade implica a saída de até 500 trabalhadores em 2016.
A 3 de Agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado 'banco mau' (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o 'banco bom', de transição, que foi designado Novo Banco.