11 mar, 2016 - 07:51
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É cada vez mais caro ter dinheiro no banco: em média, quatro euros por mês, num total de quase 50 euros por ano. Os dados são do Banco de Portugal e divulgados esta sexta-feira pelo “Jornal de Negócios”.
Num período de cinco anos, os encargos com a manutenção das contas bancárias subiu 42,9%, enquanto a inflação aumentou 7% no mesmo período (2011/2016).
Mas há clientes mais penalizados do que outros. No Barclays, por exemplo, a comissão de manutenção de conta chega aos 104 euros por ano – mais do dobro da média das 24 instituições bancárias analisadas pelo banco central.
Por outro lado, há bancos que isentam os clientes destas despesas em determinadas condições. Por exemplo, quando existe domiciliação de contas-ordenado. O Deutsche Bank era um deles, mas vai deixar de o fazer.
Mas, no esclarecimento enviado ao Parlamento em Fevereiro, o Banco de Portugal revela aumentos também nos cartões de débito (multibanco), cuja anuidade subiu 7,1% em apenas um mês (Dezembro de 2015 e Janeiro de 2016).
Todas estas despesas deverão vir a aumentar mais, dado que, nas próximas semanas, os bancos vão avançar uma revisão dos encargos, tendo em conta a necessidade de aumentar a rentabilidade.
De acordo com a informação publicada nos sites das várias instituições e já recolhida pelo “Jornal de Negócios”, o Novo Banco é o que terá o maior número de agravamentos. O mais gravoso é o da comissão de visualização de cheques com data futura, que sobe de 0,10€ para um euro.
BCP e Montepio são outras instituições que pretendem aumentar os custos dos clientes.
Para fazer face às restrições dos últimos anos, os bancos começaram a cobrar mais nas comissões. Segundo o “Negócios”, Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco, BCP, SantanderTotta e BPI ganham cerca de cinco milhões de euros por dia com esta receita.