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Trabalhadores denunciam despedimento colectivo encapotado no Novo Banco

17 mar, 2016 - 20:05

“Para nós, é um processo selectivo. As pessoas foram escolhidas a dedo", afirma Rui Geraldes, da comissão de trabalhadores.

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A comissão de trabalhadores do Novo Banco acusa a administração de estar a levar a cabo um despedimento colectivo encapotado. O alerta foi deixado na Comissão de Trabalho e Segurança Social da Assembleia da República.

O conselho de administração do banco, liderado por Eduardo Stock da Cunha, anunciou a necessidade de despedir mais 500 trabalhadores num processo de reestruturação do banco para reduzir custos.

Rui Geraldes, representante dos trabalhadores do Novo Banco, diz que o processo de rescisão de contratos está a ser feito de forma ilegítima.

“Para nós, é um processo selectivo. As pessoas foram escolhidas a dedo. É obrigatório e sob pressão, porque quem não aceitar sujeita-se àquilo que vier a seguir e que não sabemos o que é. O comunicado que a administração fez sair continua a falar que pode haver um despedimento colectivo de menos pessoas, mas continua a falar no despedimento colectivo se não forem atingidos os números previstos”, adverte Rui Geraldes.

Na audição na comissão parlamentar do trabalho, os deputados lamentaram que a administração do Novo banco não tenha acedido a prestar esclarecimentos.

O PCP também quer ouvir os responsáveis do Fundo de Resolução, que é o único accionista do Novo Banco, para saber qual a intervenção do Banco de Portugal no processo de reestruturação e despedimento de trabalhadores.

A 25 de Fevereiro, a administração do Novo Banco deu conta que, no âmbito do plano de reestruturação acordado com Bruxelas, têm que sair mais 500 trabalhadores da entidade durante este ano (depois dos 500 que já saíram ao longo dos últimos meses), e tem que haver um corte de 150 milhões de euros nos custos operacionais.

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