20 mar, 2016 - 14:01
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou este domingo que é preciso um “esclarecimento tão transparente quanto possível” sobre a alegada interferência directa do primeiro-ministro nos negócios entre a empresária angolana Isabel dos Santos e o sector bancário.
“Não temos boa memória dos tempos em que os governos e os primeiros-ministros se envolviam em processos societários que não respeitam ao Estado, respeitam aos privados, e era muito importante que houvesse um cabal esclarecimento dessa matéria”, disse Passos Coelho, à margem de uma visita à Feira do Folar de Valpaços, Vila Real.
Para o líder do PSD, é preciso que os governos “salvaguardem a sua independência e a sua isenção de processos que não estão sob a sua alçada directa” e, por isso, espera que haja um “esclarecimento cabal desta matéria”.
O “Expresso” noticiou que António Costa e a empresária angolana, para ultrapassar o impasse no BPI, reuniram-se em Lisboa e terão conciliado posições com o grupo financeiro espanhol La Caixa, com a filha do Presidente de Angola a vender a sua participação no BPI aos espanhóis e o BPI a ceder as suas acções do banco angolano BFA a capitais angolanos.
Já no sábado, o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD Leitão Amaro anunciou um pedido de esclarecimento e referiu que vão ser formuladas oito perguntas ao Governo socialista sobre as alegadas interferências nos negócios entre a empresária angolana Isabel dos Santos e o sector bancário.