31 mar, 2016 - 19:37
O Banco de Portugal divulgou esta quinta-feira os termos do novo procedimento de venda do Novo Banco, admitindo a alienação directa a investidores estratégicos ou a venda em mercado, em que se pode incluir a oferta pública de acções.
O regulador refere, em comunicado, que serão agora feitos contactos com investidores para avaliar do interesse destes em participar numa destas vias e adianta que "a escolha final da via a seguir será feita em momento futuro".
O Banco de Portugal publicou também hoje os anexos com os critérios de elegibilidade dos investidores que queiram concorrer a este segundo processo de venda do Novo Banco, depois de ter sido suspensa a primeira tentativa de alienação em Setembro do ano passado.
A entidade liderada por Carlos Costa confirmou ainda que a sucursal de Londres do alemão Deutsche Bank irá apresentar uma proposta financeira para assessorar o Fundo de Resolução neste processo, mas fez questão de sublinhar que "a mudança na assessoria financeira do processo de venda do Novo Banco não implicará acréscimo de custos".
O Novo Banco foi criado no início de agosto de 2014 na sequência da resolução do Banco Espírito Santo (BES) como banco de transição, detido na totalidade pelo Fundo de Resolução bancário, que está, por seu lado, na esfera do Banco de Portugal.
A entidade agora liderada por Stock da Cunha tem de ser vendida no máximo até agosto de 2017, depois de a Comissão Europeia ter estendido por um ano a data para a sua alienação.
O banco teve resultados negativos de 980,6 milhões de euros em 2015, tendo justificado mais de metade do prejuízo ainda com o "legado" do BES.
[notícia actualizada às 20h56]