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Governo diz que previsões do FMI contrariam o que tem sido feito

01 abr, 2016 - 13:24

O FMI alertou esta sexta-feira que o défice ficará nos 2,9% do PIB este ano, acima da meta do Governo, sem medidas adicionais, defendendo por isso um "plano de contingência" que inclua adiar o fim dos cortes salariais e da sobretaxa.

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O Governo considera que as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) vão contra os desenvolvimentos verificados nas contas públicas desde Janeiro, reafirmando o empenho em alcançar as metas traçadas, através da execução rigorosa do Orçamento do Estado para 2016.

Em comunicado, o Ministério das Finanças considerou que "as previsões do Fundo para 2016 não encontram apoio nos desenvolvimentos verificados desde Janeiro, como sejam a rigorosa execução orçamental dos primeiros dois meses do ano, as colocações de dívida bem-sucedidas e o reforço dos indicadores de confiança das famílias e das empresas".

Ainda assim, "o Governo reafirma o seu empenho para alcançar as metas traçadas, através da execução rigorosa do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) e trabalhará, de forma franca e aberta, com o FMI na quarta missão, que deverá ocorrer em Junho".

O FMI alertou esta sexta-feira que o défice ficará nos 2,9% do PIB este ano, acima da meta do Governo, sem medidas adicionais, defendendo por isso um "plano de contingência" que inclua adiar o fim dos cortes salariais e da sobretaxa.

No relatório após a conclusão da terceira missão de monitorização pós-programa de ajuda externa divulgado hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que "na ausência de mais medidas, estima-se um défice em torno dos 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano", uma previsão que fica 0,7 pontos percentuais acima do défice de 2,2% antecipado pelo Governo.

Considerando que existem "riscos significativos para a execução" do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), nomeadamente com a receita prevista com os impostos indirectos, o FMI urge o executivo liderado por António Costa a formular um "plano de contingência".

Garantindo ter registado "o facto de algumas das deficiências estruturais que o FMI identifica na economia portuguesa não terem sido resolvidas durante o Programa de Ajustamento", o Governo de António Costa diz estar "apostado em ultrapassar estes constrangimentos, assim como os desequilíbrios sociais que resultaram do período de ajustamento".

"Por esta razão, concentra os seus esforços nas reformas que são necessárias para relançar a competitividade da economia e para garantir a coesão social", adianta, referindo que "estas reformas estão devidamente identificadas no Programa Nacional de Reformas, agora em discussão".

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  • A Martins
    12 abr, 2016 Braga 19:04
    A quem está com saudades da PAF e daquele 1.º Ministro que desconhecia ser obrigatório descontar para a Segurança Social, apenas desejo que curem a azia, porque o atual governo é legítimo, credível e natural, uma vez que não há eleições para eleger um 1.º Ministro ou um governo, mas sim para eleger os deputados para a Assembleia da República, que por sua vez possibilitam ou não, a formação de um governo. É pena que aqueles que se julgam "esclarecidos" não tenham o decoro de aceitar a Democracia, tal como ela é, apelando ao "medo" e à subserviência demagógica a forças externas e à sua intervenção, como o tal ex-1.º Ministro, sempre desejou, para poder amarrar Portugal à sua agenda ideológica, contra o Estado, contra a Segurança Social, contra o Serviço Nacional de Saúde, favorecendo o desemprego, a emigração, os baixos salários, a "caridadezinha" e os "bancos alimentares", como regra e não como excepção. Para todos os que desejam que tudo corra mal, em Portugal, apenas me limito a dizer que olhem para o atual Papa Francisco e para a sua mensagem e tenham a humildade que advém da figura de Cristo e das virtudes da sua Boa Nova.
  • Alberto
    01 abr, 2016 Funchal 18:07
    Agora o Sr. Costa já não liga ao FMI? E o Sr. Galamba? Antes, tinham sempre razão!! Chama-se HIPOCRISIA.
  • Carlos Nogueira
    01 abr, 2016 Porto 17:17
    A escola de Costa é a mesma de Sócrates.Para Costa o que está a dar é a propaganda até haver um problema nos partidos que o apoiam e derrubar o governo.Depois vai-se fazer de vitima para que os Portugueses menos esclarecidos votem nele e lhe dê a maioria.E depois com a garantia de quatro anos no governo"toma lá disto" e ficamos novamente a pagar a factura,talvez maior que a que estivemos a pagar agora,graças ao mesmo método aplicado por Sócrates,nem tirar nem pôr.Este 1º ministro já mostrou ao que vinha com o golpe pós eleições.Por isso não é credível.A história para percepicio está agora a começar.Leia-se o que diz a Comissão Europeia e agora o FMI.E até as entidades Portuguesas que sabem da evolução dos números apresentados até hoje.Por isso POVO mais esclarecido,digam ás pessoas o que se está a passar e o que nos espera, se não houver um milagre.Com estes politicos não contem ficar esclarecidos porque eles embrulham tudo em discursos confusos que ninguém sabe onde está a verdade.E o campeão é este 1º ministro.Mais apurado ainda que Sócrates.A bem de PORTUGAL abram os olhos, porque queremos PAZ e PÃO NA MESA e a caminhar-mos assim não sei se teremos.

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