Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Governador: Resolução do Banif "foi tomada num ambiente de urgência e sem alternativas viáveis"

05 abr, 2016 - 16:13

Na comissão de inquérito ao caso Banif, Carlos Costa afirmou que "a única alternativa possível era a liquidação", com custos "superiores".

A+ / A-

Veja também:


O governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, realçou esta terça-feira que a medida de resolução aplicada ao Banif em Dezembro último foi tomada de "urgência" e que não havia alternativas viáveis a esta intervenção.

"A medida de resolução foi tomada num ambiente de urgência e sem alternativas viáveis", afirmou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao Banif.

O objectivo principal do regulador bancário foi "proteger as poupanças confiadas ao banco através da sua rede de retalho e preservar a estabilidade do sistema financeiro português", vincou.

Segundo Carlos Costa, "a única alternativa possível era a liquidação", mas esta opção teria "custos" "superiores".

O líder do BdP apontou ainda para "a importância sistémica do Banif" para justificar a escolha da resolução da entidade, que possuía um activo líquido de 12 mil milhões de euros, correspondente a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) português.

Carlos Costa apontou também para o volume considerável dos depósitos confiados à instituição, que ascendiam a 6,8 mil milhões de euros.

E destacou: "Apesar de ter uma quota de apenas 3,2% do activo total do mercado bancário português, [o Banif] era líder nos Açores e Madeira com quotas de 45% e 28% nos depósitos e no crédito, respectivamente".

Por isso, o governador apontou para o seu "papel singular no financiamento da economia dos dois arquipélagos".

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Jorge
    05 abr, 2016 Lisboa 17:13
    Para que serve um fundo de resolução se em caso de colapso de um banco não se pode recorrer a ele com risco de fazer colapsar os bancos que fazem parte do fundo ?

Destaques V+