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Transportadoras não são as únicas a beneficiar de descontos nos combustíveis

20 abr, 2016 - 14:58

Ministro da Economia argumenta no Parlamento que outros agentes económicos já têm gasóleo mais barato.

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O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou esta quarta-feira que outros agentes económicos já têm descontos nos combustíveis e que as transportadoras de mercadorias não serão as primeiras a beneficiar da medida.

Em resposta ao deputado social-democrata Virgílio Macedo, o ministro sublinhou que já existem agentes económicos beneficiados no preço dos combustíveis: os agricultores.

"Isto é, existem grupos profissionais que têm acesso a diferentes preços", afirmou na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas.

Na segunda-feira, o Governo anunciou que vai criar descontos para as transportadoras de mercadorias em postos de gasolina em três zonas de fronteira com Espanha (Elvas, Vilas Formoso e numa terceira zona ainda a definir, no Norte do país) e nas antigas SCUT do interior.

"Esta medida deve ser discutida, porque pode ter efeitos positivos na receita fiscal", afirmou Caldeira Cabral, uma vez que, com este desconto, as transportadoras deixam de ter razões para abastecer em Espanha, o que levava a uma fuga de impostos para o país vizinho.

Questionado sobre o impacto previsto na receita, o ministro disse que "o que existir de perda será compensado pelo aumento dos consumos. Há empresas que hoje abastecem em Espanha e que com estes valores passarão a abastecer em Portugal", defendeu.

De acordo as declarações do ministro-Adjunto, Eduardo Cabrita, à agência Lusa, "toda a componente fiscal será equilibrada com a que se verifica em Espanha", ou seja, as transportadoras passam a pagar nesses locais o valor do combustível com a carga fiscal aplicada em Espanha, que é inferior à de Portugal.

Esta diferenciação será feita "em todas as gasolineiras que disponham de postos nos concelhos" seleccionados, através de "cartões de frota" associados às diferentes empresas de combustíveis que as transportadoras detêm.

Eduardo Cabrita disse ainda que, "até ao Verão, será criada uma redução no custo das autoestradas nas zonas do interior, nas chamadas ex-SCUT [vias sem custos para o utilizador]", num "tratamento mais favorável para os transportadores de mercadorias".

[notícia corrigida às 17h30 - Governo diz que já há outros beneficiários da medida e não que vai haver mais beneficiários da medida]

Comentários
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  • manuel silva
    20 abr, 2016 gaia 19:06
    agora em vez de irmos nos nossos carros ou de táxi ,vamos pra fora ,a praia ou as compras vamos de camião ,os deputados já vao trocar os mercedes por camiões de transportes
  • Vitor
    20 abr, 2016 Franco 19:04
    Esta "geringonça" que anda a combustível de borla, pago por alguns portugueses, não avaria de vez? A "katrina" e o "operário" perderam o piu? Ou ainda estão a empurrarem a "geringonça"?
  • José Correia
    20 abr, 2016 Braga 18:37
    Isto é inadmissível. Este sujeito é louco de certeza ou pensa que é modelo. Isto porque quando da campanha andava nos claustros da UM a posar.......E tb que tenho de fazer kms e kms e nem por isso tenho algum tipo de beneficio....Tb não quero, Ou é para todos ou para ninguém.
  • antonio
    20 abr, 2016 lisboa 18:29
    A Lei deve ser igual para todos. Há sempre exceções. Tantas é que não. Parece um governo de brincar. cada queixa cada alteração. Uma vergonha....
  • Manuel
    20 abr, 2016 Alcabideche 18:17
    Agora é que é combustiveis com desconto. Moro em Lisboa e como quero o desconto vou a Elvas ou á A23 para ter desconto, isto é mesmo brincadeira. E porque as transportadoras tem que ter descontos? Será que são especiais ou será que gerem mal o dinheiro ganho? Trabalho como comissionista e se não vender ninguem me vem dar descontos ou pagar portagens. Este governo só visto para não ter a Catarina á perna é ele proprio que abre as pernas sem contexto algum e para ganhar votos é só dar. Onde é que isto vai parar................
  • Lucia
    20 abr, 2016 Lisboa 17:57
    Isto é uma experiência, 3 postos com custo de combustivel reduzido para os camiões vai ser facil controlar o custo retorno e comprovar se realmente a questão do combustivel mais caro em portugal era um problema para as transportadoras ou era só conversa da treta porque quem trabalha com eles sabe bem que o combustivel está mais barato mas o frete continuou a aumentar.
  • Ah pois é!
    20 abr, 2016 Lisboa 17:51
    Um dia a bomba rebenta, por causa destas medidas que beneficiam uns poucos, mas são suportadas pela maioria. E então aqueles que, por falta de transportes públicos, são obrigados a utilizar carro próprio para irem trabalhar? E as empresas que são obrigadas a distribuir a sua produção? E os doentes que se deslocam para consultas e tratamentos? E os desempregados que não recebem subsídios? E os pensionistas que recebem pensões miseráveis? E aqueles que começam a pensar que o crime compensa e podem começar a barrar estradas?
  • aliena
    20 abr, 2016 lisboa 17:01
    isto é que vai ser vilanagem.... certamente passará a haver contrabando de combustiveis, é só escolher o transportador ou o camionista...Isto ou comem todos ou a medida terá de ir para a gaveta. Certamente que não estão a ver o impacto ambiental de tanto camião a circular. Haveria sim de haver vantagens por alteração do sistema diesel para gpl liquido, e aí sim, despenalizar fortemente as transportadoras. Quanto ao futuro do transporte a combustíveis fosseis deveria estar já num fim de linha e não de incremento. A media é compreensível mas fora do contexto ambiental. Assistimos a casas perto de nacionais e dentro das cidades, cheias de resíduos poluentes, potencialmente perigosos para a saúde publica, provocado pelos transportes terrestres, autocarros de passageiros, TP´s, TIR´s, etc.
  • oliveira
    20 abr, 2016 sintra 16:39
    Nem tenho palavras para descrever o que sinto por estas medidas. Uns são filhos, outros enteados. Espero sinceramente que este governo acabe o mais rápido possível.
  • Petervlg
    20 abr, 2016 TR 16:34
    Este fulano esta bom da cabeça? e as outras pessoas, como por exemplo os professores que são colocados a dezenas de quilómetros de casa, que tem que se deslocar por transporte próprio (mesmo partilhando o carro com outros colegas) e tem que pagar o aumento dos combustíveis das portagens, são Portugueses de segunda? Este ministro da economia anda completamente a dormir. Depois vem dizer que vão repor mais uma percentagem da sobretaxa, nitidamente a brincar com os Portugueses

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