28 abr, 2016 - 08:26
A presidente do Conselho de Finanças Públicas analisou o Programa de Estabilidade e em entrevista à RTP reafirma que não foram tidos em conta riscos internos e externos. Teodora Cardoso olha para as metas e diz que vai ser difícil, mas não é impossível.
“Eu nunca considero que as coisas são irrealizáveis, mas diria que é difícil”, disse.
“Estar a discutir se é 1,5 ou 1,6 ou 1,8 é perfeitamente gratuito. Nenhum de nós realmente sabe. O que temos de saber é que estamos numa situação que envolve sérios riscos, que não são só nossos, e portanto temos de estar muito atentos e constantemente a adaptar-nos a esses riscos”, considera.
“Não basta estar sossegado e dizer que fizemos um programa de ajustamento e que agora está tudo bem e que a economia vai crescer. Se a economia vai crescer? Veremos.” A presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, falou em entrevista à RTP.
O Programa de Estabilidade e o Plano de Reformas vão esta quinta-feira a Conselho de Ministros para aprovação final.
Na sexta-feira é votada no plenário uma resolução apresentada pelo CDS que propõe a rejeição do Programa de Estabilidade. O PSD vai votar ao lado do CDS. O Bloco votará pelo Programa de Estabilidade, o PCP ainda não disse o que vai fazer.
Os programas têm de ser remetidos à Comissão Europeia até ao final do mês de Abril, de acordo com as regras do Semestre Europeu.