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Crédito à habitação. E se não conseguir pagar?

29 abr, 2016 - 17:52 • Deco

Desemprego e cortes salariais são as duas principais razões que levam as famílias portuguesas a deixar de pagar a prestação da casa ao banco – um número que voltou a subir.

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Todas as sextas-feiras, a Renascença e a Deco dão-lhe dicas e conselhos práticos sobre situações do dia-a-dia. Se tem alguma sugestão ou gostaria de ver algum assunto esclarecido escreva para online@rr.pt

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O crédito à habitação continua a ser aquele com maior taxa de incumprimento dos portugueses: 2,61% do total de crédito concedido. É a percentagem mais elevada desde que o Banco de Portugal começou a publicar estes dados, no final de 1997.

Logo que enfrente dificuldades no pagamento das prestações deverá:

  • Realizar uma autoavaliação financeira no sentido de compreender qual a sua realidade orçamental e, principalmente, como reajustar os seus encargos de modo a assegurar o pagamento de todas as responsabilidades mensais;
  • Contactar o banco credor, com o propósito de apresentar a sua necessidade de renegociação e uma proposta de valor mensal que conseguirá assegurar, para que sejam desenvolvidos esforços conjuntamente com o banco para a reestruturação;
  • A solução de renegociação mais utilizada pelos bancos é, de acordo com os dados do gabinete da Deco de apoio ao sobreendividado, a concessão de períodos de carência de capital. Durante estes períodos, que podem ter uma duração entre seis meses e dois anos, os consumidores pagam apenas juros e não amortizam capital, o que permite reduzir significativamente o valor da prestação mensal. Esta solução permite aos consumidores assegurarem o pagamento do crédito, mas com a desvantagem de ser uma solução temporária que encarece o crédito. Não é de todo uma solução ideal, mas é a que tem sido mais utilizada;
  • Pode também recorrer a entidades de apoio, que poderão prestar aconselhamento financeiro e jurídico com o objectivo de agilizar o processo de restruturação de crédito e de reabilitação financeira.

A informação pode ser um dos elementos-chave para que as famílias em dificuldade possam encontrar soluções e desenvolver estratégias credíveis e ajustadas de reabilitação financeira.

Qual o perfil das famílias em incumprimento do crédito à habitação?

Um salário médio de mil euros e um agregado familiar composto por três elementos.

As principais causas para o incumprimento são o desemprego de um ou dos dois elementos do casal e os cortes salariais.

O incumprimento no pagamento das prestações mensais ocorre apenas em último recurso, uma vez que as famílias procuram garantir estes pagamentos, mesmo em situações de incumprimento de outros créditos ou facturas mensais.

A situação é sintomática de uma taxa de esforço bastante elevada (normalmente envolvendo a titularidade de outros créditos: pessoais e cartões de crédito) e de uma grave situação de instabilidade financeira.

Comentários
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  • Marta
    14 jan, 2018 Silva 21:53
    Olá, venho por este meio expor o meu problema, já não pago o meu crédito á habitação há 18 meses, estou desempregada e tenho um filho, como posso tentar arranjar uma solução ou uma ajuda para o meu problema? Obrigada
  • RAMIRO CARVALHO
    06 mai, 2016 RIO DE MOURO 18:55
    Sou fiador de uma casa onde habitam, uma idosa e duas filhas que não têem possibilidades de pagar as prestações, por motivos de doença e falta de emprego ,e ainda que uma delas que é a única que pode trabalhar, tenha emprego ,ainda assim, mal dá para viverem, quanto mais para pagar as prestações da casa, pelo que estou eu a pagar as prestações por inteiro, que atinge mais de 400,00 euros mensais. Gostaria de saber como me poderei libertar desta situação, uma vez que a casa nem sequer é minha!
  • Maria
    06 mai, 2016 Alvalade Sado 16:19
    Boa tarde Acerca de 5 anos o meu filho deixou de pagar a caixa um predio tem comercial em baixo tem habitacao por cima em 2015 ficou com a casa em 2015 e agora apresenta 30 mil e tal para pagar faltavan cerca de 7 anos acho que já estava a pagara casa ja tinha pago os juros o pior que nos pais fomos fiadores o que fazemos a dívida era enos do que eles adquiriram o prédio será esta en risco a minha morada e familiaouseja a minha casa, tem a escritura registodeslocacoes tudo para pagarmos somos reformados e doentes eu oncoologica com reformas miseria ele divorciado doente cardiacocooo pai.obrigada Atebtanente Maria Oiveira
  • Amadeu Lisboa
    03 mai, 2016 A-DOS-CUNHADOS 09:34
    Caro PINTO: Deixe-se de complexos de esquerda e direita e veja a realidade da vida! Espere que o atual Governo que é "de esquerda"; portanto da sua cor politica, vá resolvendo o problema do desemprego. Já gora, espere sentado para não se cansar.
  • Ana Maria
    03 mai, 2016 Pt 08:49
    Quando adquirir casa, pense como se estiver à alugar. Se a prestação for baixa, pode sempre alugar em caso de desemprego ou divórcio, e não perde a casa. Se não puder comprar novo, compre apartamento usado e em zona onde possa vender facilmente ou alugar. Antes de ponderar vender, tenha 6 meses a 1 anos de prestações de lado.
  • Pinto
    02 mai, 2016 Custoias 22:46
    Como pode alguém pedir um empréstimo com os salários de 530.00€ em trabalhos que não são seguros? Hoje não à segurança laboral, os partidos de direita em união de interesses com as entidades patronais tudo têm feito para que as pessoas nos locais de trabalho sejam descartáveis. Como pode alguém pedir um crédito à habitação ou outro qualquer crédito se não têm trabalhos seguros? As leis impostas por políticos com interesses no sector empresarial, querem manter os baixos salários, António Saraiva da CIP é a voz das entidades patronais, este é contra o aumento do salário mínimo, a redução dos salários tem um efeito desqualificante no desenvolvimento social. Portugal é dos países da UE com o mais baixo salário médio. A economia será próspera quando o dinheiro circular quantitativamente entre as pessoas, a sociedade e o seu desenvolvimento com a situação laboral precária e os salários praticados levam a mais pobreza e aos jovens formados fugirem deste país.
  • may son
    02 mai, 2016 algarve 22:20
    pois, só pode ser pai dos bancos!
  • Fernanda almey
    30 abr, 2016 Espinho 20:35
    Em caso de divórcio e tendo um crédito habitação, e casada com comunhão bens... Como fica caso eu queira a casa?
  • Pinto
    30 abr, 2016 Custoias 15:12
    Se não conseguir pagar fica sem as coisas, é assim que deve ser. De uma vez por todas os cidadãos têm de aprender que têm de assumir os seus erros. o estado não pode ser o pai de todos nós. As pessoas têm de assumir as responsabilidades e têm de saber em quem confiar na política.

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