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Ministro preocupado com greve dos estivadores. "Situação tem de se resolver com diálogo e trabalho"

25 mai, 2016 - 12:46

Ministro da Economia lembra que as greves no porto de Lisboa já duram há quatro anos e que houve períodos de paralisção mais prolongados do que o actual.

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O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defendeu esta quarta-feira que a situação da greve dos estivadores do Porto de Lisboa tem que se resolver "com diálogo e com trabalho".

"É uma situação que tem que se resolver com diálogo, com trabalho e isso é o que se está a fazer", disse o ministro da Economia aos deputados no âmbito da sua audição ao abrigo do Regimento da Assembleia da República na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde está a ser ouvido.

Caldeira Cabral afirmou que o Governo está envolvido e a tentar encontrar uma solução.

"A questão do Porto de Lisboa obviamente que é uma questão que me preocupa, as greves no porto de Lisboa já duram há quatro anos, houve períodos de greve bem mais prolongados do que o actual e a situação não se resolveu", afirmou.

O ministro da Economia frisou que "não há soluções fáceis" e questionou: "E se as há e são tão fáceis e tão directas, então porque não se resolveram nos últimos quatro anos".

Os operadores do Porto de Lisboa anunciaram na segunda-feira que vão avançar com um despedimento colectivo por redução da actividade, depois de uma proposta de acordo de paz social que foi recusada. As versões do sindicato, dos operadores e Governo não coincidem, sobretudo na questão da Porlis (empresa de trabalho portuário cuja extinção era uma das reivindicações dos sindicatos).

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, diz que os operadores propuseram suspender os trabalhos da Porlis, mas o documento previa apenas que os operadores se comprometessem a "encontrar uma solução relativamente" ao futuro da empresa de trabalho portuário.

Na terça-feira, o presidente do Sindicato dos Estivadores, António Mariano classificou de "terrorismo psicológico" e "atentado ao Estado de direito" o anúncio de um despedimento colectivo e a presença da PSP no Porto de Lisboa, para acompanhar retirada de contentores retidos.

Contudo, António Mariano disse que os trabalhadores estão dispostos a chegar a um entendimento, caso a empresa criada paralelamente for encerrada e se forem resolvidas duas situações do contrato colectivo de trabalho.

A última fase de sucessivos períodos de greve, que se iniciou há três anos e meio, arrancou a 20 de Abril com os estivadores do Porto de Lisboa em greve a todo o trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, isto é, recusam trabalhar além do turno, aos fins de semana e dias feriados.

A paralisação tem sido prolongada através de sucessivos pré-avisos devido à falta de entendimento entre estivadores e operadores portuários sobre o novo contrato coletivo de trabalho. De acordo com o último pré-aviso, a greve vai prolongar-se até 16 de Junho.
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  • Carlos Dias
    25 mai, 2016 Feijó 15:14
    Eu lembro-me, no Jardim do Tabaco, os estivadores carregavam sacas, mantimentos e outras cargas ás costas, ás COSTAS . Muito depenavam eles mal pagos, tive um familiar que lá trabalhou . Estes folgados, atualmente manobram máquinas. O que fazem estes folgados para sacarem 3 mil ou 4 mil euros mensais ? Sabem, não gostam da concorrência . Querem o BOLO só para eles . Estavam habituados a sacar aquela media, veio a concorrência , off . Horas extraordinárias sem limite . Era um Casino autêntico, sempre a dar .

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