Ou há 35 horas para todos ou há greve, avisam enfermeiros

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Os enfermeiros prometem avançar com greves, caso as 35 horas não forem aplicadas a todos ao mesmo tempo a partir de 1 de Julho. A garantia foi dada à Renascença pela presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Guadalupe Simões espera que as negociações com o Governo fiquem fechadas a tempo da entrada em vigor das 35 horas a 1 de Julho ao mesmo tempo para todos os profissionais. Se isso não acontecer, os enfermeiros entram em greve, avisa.

"A negociação do instrumento de regulamentação colectiva tem de acontecer no espaço de tempo suficiente que permita que seja publicado à data do dia 1 de Julho, para que, tal como os outros enfermeiros que têm contrato de trabalho em funções públicas, também os que têm contrato individual de trabalho verem garantido o direito das 35 horas", diz.

“Se por acaso houver algum pensamento de os enfermeiros com contrato individual de trabalho não serem abrangidos de todo por esta alteração do período normal de trabalho, então não há dúvida que as greves irão existir e irão prolongar-se no tempo”, garante.

A maioria de esquerda tem tido dificuldade em chegar a um acordo sobre a aplicação das 35 horas, não sendo ainda claro se esta vai abranger todos os funcionários públicos ou apenas uma parte. O assunto é discutido e votado no Parlamento, na especialidade, na quarta-feira.