09 jun, 2016 - 19:30
A redução do número de funcionários públicos pode ter efeitos adversos na prestação de serviços. O alerta é feito num estudo publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os técnicos do FMI reconhecem que cortar no número de trabalhadores do Estado ou reduzir os salários são medidas com efeitos imediatos na despesa, mas podem ter consequências na qualidade dos serviços prestados.
Os impactos destas medidas, explicam os técnicos do Fundo, podem ter no curto prazo um efeito positivo na consolidação orçamental, mas a prolongada utilização pode causar problemas na prestação de serviços públicos.
Portugal é citado no estudo como tendo sido bem-sucedido na redução do emprego no Estado, mas avisa que mais reduções podem ter um efeito adverso.
Mas também os cortes salariais podem ter impactos negativos - um efeito moral - escrevem os técnicos retirando atractividade ao emprego público quando comparando com os salários pagos no privado, afastando, assim, os mais qualificados.
O relatório, que não vincula o Fundo Monetário, refere que há alternativas para reduzir o número de trabalhadores sem afectar os serviços prestados.
Os técnicos apontam, por exemplo, o que chamam de “trabalhadores fantasma” ou com funções duplicadas.