Governo remete para autoridades apuramento de créditos indevidos da CGD

14 jun, 2016 - 21:37

Imprensa fala em "mais de 2,3 mil milhões de euros de empréstimos que estão em risco de não serem pagos" ao banco do Estado.

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O Ministério das Finanças remete para as entidades competentes o apuramento das responsabilidades civis e criminais sobre os eventuais créditos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) "sem a devida avaliação" antes da recapitalização de 2012.

A notícia foi avançada pelo “Expresso” na sequência da manchete do “Correio da Manhã” desta terça-feira, na qual se pode ler que "Crédito a amigos afunda Caixa", referindo-se aos "mais de 2,3 mil milhões de euros de empréstimos que estão em risco de não serem pagos à CGD", tendo sido os mais problemáticos concedidos na administração de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara.

De acordo com fonte oficial do Ministério das Finanças, "cabe às entidades competentes a todo o tempo realizar as diligências que entendam convenientes e adequadas nos termos da legislação em vigor, estando o Governo disponível para colaborar".

Segundo o Ministério liderado por Mário Centeno "se houve créditos concedidos em período prévio à recapitalização de 2012 sem a devida avaliação de crédito então essa questão deveria ter sido reportada à altura da recapitalização e sujeita às diligências entendidas por convenientes, nomeadamente no campo do apuramento de responsabilidade civil e criminal".

"A injecção de capital realizada em 2012, de acordo com as regras de capitalização no quadro do programa de ajustamento, foram as necessárias para fazer face às imparidades detectadas. Neste contexto, todos os créditos existentes terão sido avaliados pela administração, pelo Banco de Portugal, pelos auditores da CGD e pela 'troika' [Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional]", pode ler-se na resposta enviada pelo Ministério das Finanças.

A mesma resposta realça que quaisquer "prejuízos decorrentes de imparidades de crédito não registadas em 2012 apenas podem decorrer" de duas possibilidades: eventos não antecipáveis ou por uma "avaliação deficiente de risco por parte das entidades envolvidas na determinação do montante da capitalização necessária em 2012, com destaque para o Banco de Portugal, os auditores da CGD e a 'troika'".

Entretanto, o primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que está quase concluído com a União Europeia o processo de recapitalização da CGD e afirmou ser essencial Portugal preservar a médio prazo um grande banco nacional privado.

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Francisco Nogueira
16 jun, 2016 Carnaxide 15:39
A ser verdade ,o conteudo desta noticia ,ha que averiguar , quem concedeu estes créditos , a quem ,com que garantias , e os Portugueses tem o direito de saber o nome deles ,pois vamos pagar factura.Será uma lista semelhante à publicada pelas finanças ,com as empresas devedoras ao fisco
Zé
15 jun, 2016 Alverca 08:23
Este é o espelho dos sucessivos governos PS e PSD mas infelizmente não aconteceu só na CGD, os amigalhaços estão ricos, o povo vai pagando ! não é por acaso que BE e PCP os assusta tanto ! porque será ?
Luis
15 jun, 2016 Lisboa 06:29
Por favor párem com as lamurias. Sabemos que para a nossa Partidocracia reinante estes ultimos quarenta anos foi um autêntico fartar vilanagem. Com isso criaram-se fortunas fabulosas. A hora agora é de chamar a policia. Onde pára a policia? Que é feito da nossa Justiça? Continua hibernada. Há que pressionar a Justiça. Quem beneficiou e quem foi beneficiado pelos autênticos roubos tem que ser preso.
nuno gomes
15 jun, 2016 tenerife 04:15
Por estas e outras mais é que pagamos comissões atrás de comissões a um banco que se diz estatal.
ll
15 jun, 2016 lisboa 01:40
Em2012 o governo passos/portas não apurou as responsabilidades quando fez a recapitalização e agora vem pedir contas a este governo. É preciso não ter vergonha na cara. coisa que no passos não para admirar
Dias
15 jun, 2016 Lx 01:29
Os políticos são mesmo assim, encobrem-se uns aos outros quando o tema é responsabilização, há em todos os partidos políticos, corruptos mas também há gente séria, porque será que os sérios têm medo de deixar investigar os outros. Mas acima de tudo, algo mais estranho está a acontecer é o caso dos partidos de extrema esquerda, PCP e BE, calados e até a apoiar certas posições do PS nesta matéria, dá a entender que têm algo a esconder, quando na verdade deviam mostrar ao Povo que têm interesse em esclarecer toda a verdade a que temos direito.
Jose Costa
15 jun, 2016 Maia 00:42
É triste que o País tenha estado a saque durante tanto tempo e que as instituições que deveriam evitá-lo afinal estiveram míopes e cegas. Multiplicam-se os inquéritos e as comissões e para que servem? Ninguem é responsavel por nada. Consequencias existem, mas sempre para os mesmos. Assim o País continua a empobrecer e mergulhado numa crise de confiança sem precedentes. Enquanto isso, os nossos politologos continuam a esgrimir as suas razões, como se os assuntos do País não sejam mais que uma competição futobelistica "1X2". Somos uma sociedade de alienados, para uns é vermelho e para outros azul , fazendo-se justiça ao velho ditado "dividir para reinar"...
Jose Costa
15 jun, 2016 Maia 00:30
É triste que o País tenha estado a saque durante tanto tempo e que as instituições que deveriam evitá-lo afinal estiveram míopes e cegas. Multiplicam-se os inquéritos e as comissões e para que servem? Ninguem é responsavel por nada. Consequencias existem, mas sempre para os mesmos. Assim o País continua a empobrecer e mergulhado numa crise de confiança sem precedentes. Enquanto isso, os nossos politologos continuam a esgrimir as suas razões, como se os assuntos do País não sejam mais que uma competição futobelistica "1X2". Tenham vergonha.
José Gomes L
14 jun, 2016 Lisboa 22:19
Os portugueses têm o direito a saber como é que a CGD tem sempre todos os anos prejuízo, e porque é que agora é preciso injetar 4.000 milhões. É claro que se os esquerdalhos não deixam os portugueses saber é porque têm alguma coisa que esconder. PERGUNTO: o que é que a esquerda querem esconder???