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Costa anuncia que Bruxelas vai avaliar Caixa

17 jun, 2016 - 15:25

Objectivo da Comissão Europeia é avaliar as reais necessidades de financiamento do banco e afastar dúvidas sobre ajudas de Estado.

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O primeiro-ministro afirmou hoje que a Comissão Europeia procederá a uma "avaliação" sobre o pedido de capitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para analisar as reais necessidades de financiamento e afastar dúvidas sobre ajudas de Estado.

Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência conjunta com o seu homólogo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, no final de um encontro em São Bento, que durou mais de uma hora.

Interrogado sobre os objectivos de Bruxelas com a avaliação que procederá ao pedido de recapitalização da CGD, António Costa referiu que "havia dúvidas se a União Europeia permitiria essa capitalização e se a consideraria ou não ajuda de Estado".

"Para que a Comissão Europeia se possa pronunciar tem de proceder a uma avaliação das necessidades efectivas de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. Bruxelas tem de verificar se a capitalização é adequada às necessidades ou é uma capitalização que, ultrapassando as necessidades efectivas da Caixa, pode configurar uma ajude de Estado", justificou o líder do executivo.

Perante os jornalistas, o primeiro-ministro disse que tem trabalhado desde o início do seu mandato com as instituições europeias para "enfrentar de uma vez por todas os problemas sérios que existiam no sistema financeiro português".

"Vemos a CGD como o grande pilar do sistema financeiro e, por isso, definimos como prioridade a capitalização a 100% por parte do Estado", sustentou o líder do executivo, antes de salientar que, até hoje, este banco público já foi alvo de "várias auditorias, até 2014 pelo Banco de Portugal e depois desse ano por parte do sistema de supervisão europeu".

Ou seja, de acordo com o primeiro-ministro, a CGD é uma entidade que "tem sido devidamente supervisionada e onde a realidade existente é conhecida e identificada pelas autoridades regulatórias".

Nos próximos dias, segundo António Costa, será definido um calendário para compatibilizar o processo de capitalização do banco público e a entrada em funções da nova administração, "que é o facto mais urgente".

"No que respeita à capitalização, temos os prazos que são definidos pelas próprias autoridades europeias para cumprir as obrigações regulatórias. Essa é a prioridade que teremos", acrescentou.

Comentários
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  • Jorge
    17 jun, 2016 Coimbra 19:14
    De uma vez por todas convençam-se que a banca nacional está literalmente falida!!!
  • passado adiado
    17 jun, 2016 lisboa 17:10
    porque é que, sempre que há um "problema" com um banco a primeira atitude dos politicos é arrastar no tempo uma resposta clara e quando já esgotaram todas as respostas "sem pés nem cabeça" - vem a solução final: o cidadão paga, do tipo "cada português deve 600 euros" e os lucros entretanto ganhos e distribuidos em prémios e salários chorudos a "administradores"? esses "lucros" já não dão 600 euros a cada português???

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