Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Bloco insiste em "saber tudo o que se passa" na Caixa

18 jun, 2016 - 17:40

Catarina Martins reafirma que “não se opõe a nenhuma forma de investigação. E estamos dispostos a colaborar em todas as formas que sejam sérias".

A+ / A-

A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE) sublinha que defender a Caixa Geral de Depósitos (CGD) passa por "saber tudo o que se passa" no banco, daí a proposta para uma auditoria forense a créditos de alto risco.

"A Caixa é um banco sólido, público, mas é verdade que alguns negócios que foram feitos devem ser investigados. E por isso mesmo o BE já propôs uma auditoria forense aos créditos de alto risco da CGD", vincou a bloquista.

Catarina Martins falava aos jornalistas em Lisboa, à margem da concentração em defesa da escola pública que esta tarde tem lugar na capital portuguesa.

O tema da CGD, que marcou esta semana política, foi abordado depois do semanário Expresso avançar que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, está a articular com o primeiro-ministro e com o Presidente da República uma alternativa ao inquérito à CGD proposto pelo PSD.

"O BE não se opõe a nenhuma forma de investigação. E estamos dispostos a colaborar em todas as formas que sejam sérias", diz Catarina Martins, que reforçou a ideia de se fazer uma auditoria forense, que pode ter resultados em "menor tempo" e menos limitados na sua acção - nomeadamente a nível de sigilo bancário - que uma eventual comissão parlamentar de inquérito.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu já hoje, em Paris, a necessidade de "não destabilizar o sistema financeiro", sobretudo "aquele que é o grande pilar do sistema financeiro [português] que é a CGD".

"Partilho com o senhor Presidente da República e com o senhor governador do Banco de Portugal a necessidade de sermos muito prudentes, não procurar destabilizar o nosso sistema financeiro, sobretudo aquele que é o grande pilar do nosso sistema financeiro que é a Caixa Geral de Depósitos", declarou António Costa, à saída de uma reunião com o homólogo francês, Manuel Valls.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, foi também questionado sobre a Caixa, mas escusou-se a tecer comentários sobre a matéria.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+