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Auditoria à CGD? “Se anterior Governo não fez, que remédio, o actual tem de fazer”

24 jun, 2016 - 06:57

Governo incumbiu a nova administração da Caixa de fazer uma "auditoria independente" aos actos de gestão do banco "praticados a partir de 2000".​

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O primeiro-ministro, António Costa, disse que se o anterior Governo PSD/CDS-PP não fez uma auditoria à Caixa Geral de Depósitos (CGD), tem o actual executivo de o fazer.

“Se o anterior Governo não fez [auditoria], que remédio, temos nós de fazer”, salientou enquanto passeava pelo São João, a noite mais festiva e longa do Porto.

O executivo anunciou que incumbiu a nova administração da CGD de fazer uma "auditoria independente" aos actos de gestão do banco "praticados a partir de 2000".

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse esperar que a auditoria independente possa esclarecer dúvidas e travar a "perturbação" sobre o banco, nomeadamente suscitada pela ex-ministra Maria Luís Albuquerque.

“Temos constatado que o anterior Governo e, em particular a anterior ministra das Finanças, apesar das inúmeras auditorias feitas pelo Banco de Portugal e pelos auditores externos da CGD, acha que houve coisas que não foram esclarecidas quando deviam ter sido e a última coisa que pode acontecer é que fique alguma coisa por esclarecer”, frisou.

Passos espera que se evitem “processos dilatórios”

O líder do PSD criticou o presidente da Assembleia da República por ter pedido um parecer à Procuradoria-Geral da República sobre a comissão de inquérito à Caixa e pela postura na condução dos trabalhos do parlamento.

Passos Coelho disse ainda esperar que a mudança introduzida pelo PSD no objecto da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) "seja mais do que suficiente" para evitar "processos dilatórios" que impeçam uma prerrogativa constitucional dos deputados.

"O facto de o presidente da Assembleia da República ter requerido ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República um parecer sobre esta matéria é um expediente que não cabe naquilo que é a decisão que ele tem de tomar como presidente da Assembleia da República", defendeu o líder do PSD, na quinta-feira, à margem da apresentação de uma revista da JSD, em Lisboa.

Em conferência de imprensa conjunta do líder parlamentar do PSD e do CDS-PP, o presidente da bancada social-democrata, Luís Montenegro, anunciou que será retirada a parte do objecto da comissão de inquérito relativa a uma "indagação directamente relacionada com o processo negocial que está a decorrer entre o Governo e Bruxelas".

Comentários
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  • xico - esperto
    24 jun, 2016 Santarém 22:05
    Uma auditoria feita pela nova administração da CGD deixa muitas dúvidas no ar, parece ser assunto par ficar entre amigos e estar a ser mais uma maneira hábil de fugir à comissão de inquérito que pelos vistos para os partidos de esquerda não se deve fazer a bancos públicos.
  • POR QUE ESPERAM
    24 jun, 2016 BARREIRO 16:23
    ESTE CASO JÁ DEVIA TER SIDO AVERIGUADO À MUITO MAIS TEMPO SÓ QUE OS POLÍTICOS RESOLVERAM ENCOBRI-LO AOS PORTUGUESES. UMA VEZ QUE NÃO SE PODE ADIAR POR MAIS TEMPO TÊM MESMO QUE FAZÊ-LO.
  • MEXAM-SE
    24 jun, 2016 LISBOA 14:53
    PARA QUE SERVEM OS POLÍTICOS? É UM BANCO PÚBLICO. OS PORTUGUESES QUEREM SABER A VERDADE . QUEM ERROU TEM QUE PRESTAR CONTAS. NÓS NÃO PRECISAMOS DE ENCOBRIMENTOS. OS PORTUGUESES QUEREM SER ESCLARECIDOS E SANSÕES PARA OS PREVARICADORES. NÃO É POR SER POLÍTICO QUE PODE FAZER O QUE QUER . É DEVER DO GOVERNO APURAR O QUE SE PASSOU. DÚVIDAS DE QUÊ SENHOR FERRO. A ANOMALIA JÁ FOI DETETADA E PORQUE É QUE AINDA CONTINUA A SER PROTELADA? O PM EMANOU DE UM PARTIDO EM QUEM O POVO VOTOU POR ISSO RESPONDE PERANTE OS CIDADÃOS . AQUI NÃO SE TRATA DE ANTERIORES GOVERNOS O QUE OS PORTUGUESES PRETENDEM SABER EM QUE PONTO ESTÁ A CGD , SABER QUEM COMETEU ERROS , RESPONSABILIZAÇÕES E DEPOIS NÃO É VIREM COM CARAS DE SANTOS QUE CADA PORTUGUÊS TEM QUE PAGAR PARA A RECAPITALIZAÇÃO. É O CAMINHO MAIS FÁCIL QUE OS POLÍTICOS PERANTE OS BANCO FALIDOS IMPÕEM. VOTAR PARA ELEGER POLÍTICOS CADA VEZ É MAIS PENOSO E DESMOTIVANTE . CONFIANÇA, CONSENSOS TUDO ISTO NÃO PASSA DE UM PALAVREADO POLÍTICO MUITO DISTANTE DA REALIDADE. TIRAR AOS PORTUGUESES É A PALAVRA DE ORDEM E NÃO SE V^QUAISQUER MELHORIAS.
  • jAugusto
    24 jun, 2016 Aveiro 11:33
    Ah ah depois de semanas a evitar a coisa agora vem com esta cara de pau como se os tugas fossem todos parvos!!
  • Pedro Godinho
    24 jun, 2016 Lisboa 11:22
    Que tristeza ter um PM que sempre que pode critica o anterior Governo, esquecendo que foi ministro de um Governo que esteve 6 anos (em 2 legislaturas) no poder e que mesmo antes de sair teve que chamar as tais instituições internacionais traidoras e somente interessadas em implementar políticas de austeridade e cobrar juros aos países mais desprotegidos. Haja memória.
  • Manuel
    24 jun, 2016 Alentejo 09:29
    Essa auditoria deve avançar, sem qualquer dúvida. Os cidadãos portugueses que depositaram confiança no «banco público» devem saber como esta Instituição geriu os dinheiros de todos nós nos últimos 15 anos. Seria incompreensível não o fazer. Todos sabemos que o setor bancário, muitas vezes empurrado por movimentos especulativos, se tornou uma tempestade perfeita que culminou na profunda crise financeira em 2007.
  • PSD
    24 jun, 2016 Pt 09:17
    Está completamente desnorteado! Só conta a sua xico espertice e despreza a inteligência dos outros! O medo de virem a ser responsabilizados pelos varios anos que estiveram à frente da Caixa e as imparidades que criaram, nomeadamente quanto ao se banco BPN, deixa-os vulneráveis. O tiro que deram vai sair-lhes pela culatra!
  • Tuga
    24 jun, 2016 Lisboa 08:55
    Ai que coisa! Sempre a falar do passado... (ninguém se lembra, mas criticou bastante o anterior PM no debate "vitorioso" na TV sobre falar no passado)

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