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António Costa deseja as “maiores felicidades” a Durão na Goldman Sachs

09 jul, 2016 - 15:14

O comentário de Costa surge no dia em que vários líderes franceses classificaram o novo posto de Durão Barroso como uma “indecência”. Marcelo considera que se trata do “topo da vida empresarial”.

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O primeiro-ministro, António Costa, escusou-se este sábado a comentar a nomeação de José Manuel Durão Barroso para presidente não executivo da Goldman Sachs International (GSI), desejando-lhe apenas felicidades.

“Não tenho nenhum comentário, a não ser desejar as maiores felicidades pela nova carreira profissional que decidiu abraçar”, disse apenas aos jornalistas, em conferência de imprensa realizada no último dia da cimeira da NATO, em Varsóvia.

António Costa escusou-se, assim, a comentar a nomeação do antigo primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, que foi já qualificada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa como “atingir o topo da vida empresarial”.

A secretária-geral adjunta socialista Ana Catarina Mendes disse, por seu lado, que “Durão Barroso foi presidente da Comissão Europeia nos piores anos do projecto europeu” e como prémio foi para a Goldman Sachs, “principal causadora da destruição dos direitos sociais na União Europeia”.

Este sábado, vários líderes políticos franceses criticaram a ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs, considerando que há “conflito de interesses” e que é uma “indecência”.

Em comunicado, a GSI indicou que, em relação a Durão Barroso, a “sua perspectiva, capacidade de avaliação e aconselhamento irão acrescentar muito valor ao Conselho de Administração da Goldman Sachs International, à Goldman Sachs, aos seus accionistas e trabalhadores”.

Durão Barroso foi presidente da Comissão Europeia de 2004 a 2014 e primeiro-ministro de Portugal de 2002 a 2004.

Foi eleito pela primeira vez para o parlamento português em 1985, ocupando em sucessivos governos os cargos de secretário de Estado da Administração Interna, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, e ministro dos Negócios Estrangeiros.

Em 1999, foi eleito presidente do Partido Social Democrata e tornou-se líder da oposição.

Antes de iniciar a sua vida política, Durão Barroso assumiu várias posições académicas, entre as quais como professor convidado da Georgetown University. Mais recentemente, sinaliza a nota, foi professor convidado de Política Económica Internacional na Universidade de Princeton.

É actualmente também professor convidado na Universidade Católica, em Lisboa, na Universidade de Genebra, e no Instituto de Altos Estudos Internacionais e do Desenvolvimento na mesma cidade.

Comentários
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  • José
    13 jul, 2016 Portimão 23:03
    Eu sei, que é duro, muito duro, todos sabemos, que irá ser duro muito duro. Mas sacrifícios por sacrifícios, todos os Povos que estão a ser alvo desta nova maneira de guerra dos grandes, sobretudo da Alemanha, tem que ser travada. Tem mesmo que ser travada. Pois irá ser duro, mas como dizia, todos os Povos teem que se unir. Se a saída for pela saída desta união, que já está mais que visto, que é apenas união para alguns, então vamos todos lutar por retornar, a que todos os Países tenham de volta os seus valores e sobretudo o poder de decisão e soberania. Poderá e certamente terá alguns tempos de ventos difíceis, mas como em todas as guerras, os vencedores sairão mais fortes, e esse vencedores terão que ser os que hoje são espezinhados, por este novo tipo de holocausto
  • familia cavaco
    10 jul, 2016 braga 18:49
    e quando foi militante activo da ala violenta pós 25 de abril?
  • Aníbal
    09 jul, 2016 Cavaqueira 16:55
    Ah,Ah,Ah... que cínico! Mentes com kuantos dentes tens!
  • pa
    09 jul, 2016 lx 16:31
    O valor da competencia e retribuido desta maneira, A competencia tem que ser permiada se não qualquer dia a incompetencia era uma praga imparável. Parabéns José Manuel Durão Barroso.

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