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Maria Luís diz que Costa não evitou sanções por “razões políticas internas”

12 jul, 2016 - 13:49

PSD "lamenta profundamente" decisão do Ecofin. E "lamenta que não tenha sido defendido eficazmente pelo Governo aquele que foi o legado que recebeu, por razões políticas internas".

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A vice-presidente do PSD Maria Luís Albuquerque acusou esta terça-feira o Governo de não ter defendido o "legado que recebeu" do esforço dos portugueses, em matéria de consolidação orçamental, por "razões políticas internas" que podem vir a motivar sanções europeias.

"O PSD lamenta profundamente esta decisão do Ecofin de hoje. Lamenta que não tenha sido defendido eficazmente pelo Governo aquele que foi o legado que recebeu, por razões políticas internas", vincou a antiga ministra das Finanças social-democrata em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Maria Luís Albuquerque falava depois de se saber que o Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) decidiu esta terça-feira, em Bruxelas, que Portugal e Espanha irão ser alvo de sanções por não terem adoptado "medidas eficazes" para corrigirem os défices excessivos.

"Não faltam argumentos técnicos para defender que Portugal efectivamente não devia estar sujeito sequer a esta discussão da aplicação de sanções", advoga Maria Luís Albuquerque, que espera que o Governo seja bem-sucedido na "segunda oportunidade" de "credibilizar a sua posição junto dos parceiros europeus, junto da Comissão Europeia".

E concretizou: "O legado que o Governo recebeu não era um legado do Governo anterior, era um legado do esforço que todos os portugueses fizeram durante quatro anos e meio e que levou a um ajustamento nas contas públicas, sob qualquer critério, que está entre os maiores dos nossos parceiros da União Europeia. Lamentamos que não tenha sido passada essa mensagem".

Dez dias para contestar

Tal como já antecipado na véspera pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, os Estados-membros da zona euro, aqueles com direito a voto em sede de Ecofin nesta matéria, adoptaram as recomendações da Comissão Europeia, que concluíra que os dois países não fizeram esforços orçamentais suficientes, falhando assim as metas para a saída dos respectivos Procedimentos por Défice Excessivo (PDE), que no caso de Portugal era 2015.

"As decisões do Conselho desencadearão sanções, ao abrigo do PDE", indicou em comunicado o Ecofin, ainda reunido em Bruxelas, lembrando que agora a Comissão tem 20 dias para propor o montante das multas, que podem ir até 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Portugal e Espanha, por seu turno, têm um prazo de 10 dias a contar a partir desta terça-feira para apresentarem os seus argumentos com vista a uma redução da multa, que, de acordo com as regras europeias, pode ser reduzida mesmo até zero, o que é agora o objectivo dos Governos português e espanhol, como já admitiram em Bruxelas os respectivos ministros das Finanças.

Comentários
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  • Jorge Silva
    17 jul, 2016 Lisboa 15:56
    Para o comum cidadão esta história é muito complexa. Deixem ver se eu estou a entender: A UE (Alemanha) pretende penalizar este pobre país, porque fechou 2015 com um défice de mais 2 décimas. A UE (Alemanha e o seu super ministro das Financas sempre teceram rasgados elogios ao tipo de governação do nosso pobre país.A maioria dos países da UE, já excederam os seus defices, nunca ninguém foi penalizado, mas alto aí pensam eles, com estes miserentos podemos nós bem, e vai daí toca a penalizar estes miserentos, e assim vemo-nos livres deles de uma vez por todas. Concluindo algo se esconde por detrás disto, só que ainda não percebi quais são os objectivos.
  • Alentejano
    12 jul, 2016 Évora 21:00
    É preciso não ter vergonha na cara para falar assim. Foram os únicos culpados do défice excessivo em 2015 e agora mandam estas atoardas. A Cristas é a mesma coisa. Não valem mesmo nada.
  • Marco Almeida
    12 jul, 2016 Olhão 19:43
    4 semanas foi o tempo que este governo governou em 2015, o que é que a "senhora" queria que eles fizessem nesse curto período de tempo que vocês não fizeram em 5 anos?
  • Ricardo Sousa
    12 jul, 2016 taveiro 18:50
    Como??? Mas se andaram a empurrar os problemas com a barriga para terem "saída limpa" e ainda mandam bocas? Livra que sarnas estes PAFiosos.
  • de baixo nivel,
    12 jul, 2016 lis 18:44
    é o que demonstra ser, esta deputada do PSD, ex-ministra das finanças!...Julga, por intenções de valor, os comportamentos e atitudes dos outros, da mesma forma como ela os pratica! Muito feio e de fracos principios!
  • fanã
    12 jul, 2016 aveiro 18:30
    Claro, este Shäuble , aplica sanções a Portugal por razões politicas externas , a nossa cor politica do governo de esquerda cria-lhe AZIA !.....continuem assim Srs . de Bruxelas , e riscam de enfrentar outra saída da U.E !
  • Esta sra
    12 jul, 2016 pt 18:24
    Ainda a trato desta forma por educação, não é que mereça, deve ver muita telenovela de ficção! Para intrigar, ninguém a bate!...Será que acredita seriamente no que diz?
  • Enquanto uns
    12 jul, 2016 lx 18:16
    lutam lá fora para dar dignidade ao país, outros andam cá dentro a fazer o jogo dos de fora, como bons patrioteiros, de bandeirinha na lapela! Depois não querem e ficam muito ofendidos, por serem tratados como traidores do país! Com amigos destes, os portugueses nem precisam de ter inimigos! Em 1640 tivemos um Miguel de Vasconcelos, agora temos uma seita de "Miguéis de Vasconcelos"...
  • Pois é!
    12 jul, 2016 lis 18:10
    O PSD Lamenta hipocritamente a decisão do Ecofin! Este actual PSD não tem um pingo de vergonha com as declarações que faz! Que saudades do PSD quando era social democrata!...e tinha um lider à altura, como foi o seu fundador Sá Carneiro! Agora, foi manietado por um grupo de oportunistas que só pensam nos seus interesses pessoais e na forma de se manterem nos lugares, custe o que custar!
  • jacc
    12 jul, 2016 evora 18:03
    Incompetente passou o tempo a esconder os problemas nao cumpriram um unico deficit fizeram nao sei quantos rectificativos apregoaram a devolução de imposto que de um dia para o outro desapareceu aumentaram desconto para ADSE em valores nao necessarios sacaram a reformados etc dinheiro deles defenderam com unhas e dentes a fuga aos impostos do passos coelho e dessa sumidade de dr relvas e acabam de votar contra audiçoes sobre a guerra do iraque onde o bate e foge do barroso que ate tinha visto as provas e tudo transparencia

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