18 jul, 2016 - 19:12 • José Carlos Silva
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social admite atrasos na análise e decisão de candidaturas aos Estágios Emprego.
Um empresário do distrito de Setúbal disse à Renascença que um processo envolvendo a sua empresa demorou sete meses a ter luz verde.
Contactado pela Renascença, o ministério de Vieira da Silva admite demoras nestes processos, mas classifica-os de "ligeiros". As candidaturas demoram em média dois a três meses a terem uma resposta, garante o executivo.
A medida Estágios Emprego visa integrar os jovens desempregados em entidades com ou sem fins lucrativos, privadas ou públicas, com o objectivo de melhorar o "perfil de empregabilidade" e promover a inserção profissional.
Ainda segundo o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, entre 1 de Janeiro e 12 de Julho, o Instituto do Emprego e Formação Profissional recebeu 16.451 pedidos para estes estágios. Não esclarece, contudo, quantos foram aceites, nem quantos foram recusados.
O gabinete de Vieira da Silva remete um outro conjunto de perguntas da Renascença sobre este assunto para um relatório preliminar sobre políticas activas do mercado de trabalho elaborado no final de Junho.
Num dos pontos, o ministério esclarece que a empregabilidade real dos estágios de 12 meses foi após a sua conclusão de 38%.
Sublinha ainda o comunicado que as dotações totais disponíveis para as áreas do emprego e formação profissional são de 1,5 mil milhões de euros, inferiores às do QREN.
No mesmo relatório é referido que do Portugal 2020 foram já consignados recursos financeiros que absorvem mais de 60% da dotação total. Quer isto dizer que se fosse mantido o ritmo de execução das políticas verificado em 2014 e 2015, as verbas disponíveis ficariam esgotadas já em 2018.