01 ago, 2016 - 17:30 • Helena Oliveira
Deverá o leitor recordar-se de uma notícia que correu mundo e que fez, decerto, inúmeros trabalhadores babarem-se por algo similar: a jornada de seis horas diárias de trabalho que a Suécia decidiu implementar, ainda que como experiência-piloto, apesar de a mesma ser já uma realidade em várias empresas deste país nórdico, super-produtivo e com um dos melhores rácios de equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
O VER escreveu, em Outubro de 2015, um artigo sobre o assunto, dando conta de estudos que realmente comprovam que existe uma correlação positiva entre menos horas de trabalho e maior produtividade – em conjunto com maior satisfação com a vida no geral -, de exemplos dos benefícios comprovados por algumas empresas suecas que tinham já implementado este modelo e também de investigações, na área da saúde, que confirmam uma ligação directa entre horas de trabalho “a mais” e maiores possibilidades de se sofrer acidentes cardiovasculares, por exemplo.
Ora e menos de um ano passado, de acordo com o Indeed, o maior website de emprego da Suécia, o ideal das seis horas diárias de trabalho não parece assim tão revolucionário quanto isso. Como noticia o The Independent, o mesmo site não registou nem sequer uma pesquisa para “trabalhar seis horas por dia” ou para “semana de trabalho mais curta”, nem existem empregadores a promover activamente este “horário de sonho” nos seus anúncios de emprego.
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