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​Conselho de Finanças avisa: sem novas medidas, o Governo vai falhar metas

15 set, 2016 - 13:50 • Sandra Afonso

O organismo liderado por Teodora Cardoso aponta para um défice de 2,6%, em 2016, e de 2,7%, em 2017.

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​Conselho de Finanças avisa: sem novas medidas, o Governo vai falhar metas

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) prevê que o défice orçamental represente 2,6% do PIB em 2016 e 2,7% em 2017, caso o Governo não introduza novas medidas.

Os dados constam da actualização do relatório “Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2016-2020” divulgada esta quinta-feira.

O organismo liderado pela economista Teodora Cardoso considera que o modelo de crescimento do Governo não funciona, concluindo que Portugal está a crescer pouco e a acumular dívida. O mesmo documento refere ainda que o sector privado está desconfiado e retrai o investimento. Com este cenário, não há retoma, avança o CFP.

O relatório faz também uma revisão Portugal em baixo do crescimento da economia. Em 2016, deve crescer apenas 1%, abaixo dos 1,8% previstos anteriormente.

O Conselho das Finanças volta a defender um compromisso político inequívoco, com um programa económico orçamental de médio prazo, com medidas transparentes e reformas.

Impostos não podem mudar de “seis em seis meses”

A presidente do CFP critica que o Governo altere impostos de "seis em seis meses", considerando que essa postura tira a confiança aos investidores, e pede "estabilidade fiscal".

"Enquanto andarmos a mexer em impostos de seis em seis meses, ou até menos, não criamos as condições necessários à confiança nem dos consumidores, nem dos investidores", afirma Teodora Cardoso, num comentário ao novo imposto sobre património que está em preparação.

Os investidores "não podem basear-se numa política fiscal que está permanentemente a mudar com sabor da conjuntura e de restrições que surgem porque não foram verdadeiramente previstas de início".

Caixa não pode ser banco de “conveniência”

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) será "sempre uma ameaça para a política orçamental" enquanto fizer empréstimos "de conveniência", sem "racionalidade financeira", alerta Teodora Cardoso.

"Eu espero que esta questão tenha tido pelo menos essa consequência, é que a Caixa não seja vista de futuro como uma forma de financiar investimentos de conveniência, sobretudo para os governos da altura", defende a economista.

A presidente do Conselho de Finanças Públicas não vê problemas em que a CGD seja um banco público, mas considera que este tem de "se reger por princípios de racionalidade financeira", admitindo que, "se não o fizer, será sempre uma ameaça para a política orçamental".

Teodora Cardoso diz que a solução encontrada entre o Governo e a Comissão Europeia "tem capacidade de resolver este problema", para que o banco não se retorne" a uma nova necessidade de capitalização do banco.

[Notícia actualizada às 16h13]

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  • Paulo
    15 set, 2016 Porto 21:48
    A Dra. Teodora Cardoso há vários anos que alerta para a situação difícil do país. Na campanha eleitoral avisou que os programas da coligação e do PS eram dificilmente cumpridos, mesmo sendo o da coligação mais prudente que o do PS, como referiu. PS que, após as eleições, arranjou uma forma pouco dignificante de tomar o poder. É bom lembrar que em 1998 houve uma tentativa de forjar um governo nas mesmas condições do atual, mas nos Açores, onde o PS ganhou com maioria simples, o PSD ficou em 2.º e o CDS em 3.º, sendo que os deputados do PSD e do CDS juntos formavam maioria absoluta na Assembleia R. dos Açores, por isso, coligaram-se após as eleições para formar governo que não foi avante porque o Presidente da República de então mostrou-se contra, bem como a generalidade dos agentes políticos. Convém lembrar que o líder do PS Açores na altura era o Sr. Carlos César. Sobre a atual situação não é favor nenhum que o Governo coloque o défice do país abaixo dos 3%, até porque recebeu um défice de 3,2%, contrariamente aos governos do Sr. António Costa que deixaram ao país um défice que ultrapassou os 11% em 2010. Mas, apesar disso, a incompetência é tão grande que fez, também, um enorme aumento de impostos, veja-se a vergonhosa decisão de querer pôr os deficientes a pagar imposto automóvel, não está a pagar as dívidas do Estado, atrasando-as, aumentou a dívida pública, o crescimento que fica longe do prometido. Enfim, quando a governação é entregue a um partido falido é o que dá.
  • Luis
    15 set, 2016 Lisboa 19:02
    Onde esteve esta velhota no governo da CUligação Pafiosa? Esteve de ferias? Esteve ausente no estranjeiro? Não me recordo de no tempo do Traste de Massamá e do Paulinho Feirante a velhota ter feito tantos avisos. E muitas metas não foram atingidas, aliás nenhumas. Quando é que nos livramos de uma vez por todas de toda esta fauna que há quarenta anos a esta parte a unica coisa que fizeram foi contribuir para a desgraçada situação em que o País se encontra. São todos grandes responsáveis pelo estado do País, estão todos ricos e anafados e falam todos como se fossem as grandes reservas morais da Nação. Quem no estranjeiro vê, ouve ou lê todos estes titulares "fora de prazo" fica com ideia de que Portugal é um parque Jurássico. O PSD (Partido Sem Destino) até quer candidatar às autarquicas um velhote que toda a vida viveu da politica, que foi um menino guerreiro e que hoje não passa de velho guerreiro, não guerreiro velho. Não foi criado nos ultimos anos pelas madrassas do PSD ninguém mais novo, mais capaz e mais competente?
  • Rui Fino
    15 set, 2016 Funchal 17:38
    A meta dos tratados fica nos 3%. 2,6% parece-me que fica abaixo. Logo quem nos pode sancionae?
  • Fausto
    15 set, 2016 lisboa 17:35
    Belo exercício vamos agora retirar aos valores de investimento em 2015 por exemplo que foi dos piores de sempre, considerando que em 2012 foi dos melhores e depois caiu a pique, o investimento por via de aquisições e fusões das empresas publicas e temos crescimento em 2016 lindo não é a contabilidade é uma coisa fantástica bem como a matemática.
  • J.Batista
    15 set, 2016 Lisboa 15:26
    É inacreditável o que se passa na CSocial. O regulador não impede este chorrilho, esta cartelização na ofensiva desbragada ao Governo de ACosta. De facto, a CSocial dá o dobro de espaço à oposição, com afirmações idiotas quando não difamatórias ou acintosamente malévolas e altamente prejudiciais à economia do País. Uma palavra retirada do contexto, uma viagem de gáudio publicitário, um começo de ano profícuo nas escolas, ao que só faltava esta senhora armar-se em órgão político e dar conferência de imprensa, dia sim, dia não, só para zurzir e cartelizar opinião em desabono da ação do Governo ou de qualquer governo PS. O Conselho de Finanças Públicas apenas deve ficar-se nos gabinetes e deixar a política para os políticos. Alguém parece estar a pagar esta campanha ou financiar o derrube deste Governo. Talvez um banco alemão, um comprador de créditos financeiros, ou um gestor de bancarrotas estilo Goldman Sachs. Todos os portugueses sabem que não é para seu bem nem do País que eles o fazem nem porque mandam os Miguéis fazê-lo. Haja alguma decência, brio e galhardia, e corram com estes títeres daqui para fora. Brexit com eles...
  • COSTA REFÉM DO PCP
    15 set, 2016 Lisboa 15:05
    Nada disso diz o pantomineiro Costa e o seu desgoverno...A culpa é do CFP e da Drª Teodora Cardoso e da Europa...Nada que demova esta gente que destrói POrtugal. O Hollande em França quando fez o mesmo em França e a malta com algum dinheiro e boas reformas vieram para Portugal e para a Rússia onde vive o Depardieu... Assim se destrói um país, não há nem vai haver investimento privado em Portugal que está em queda abrupta com a geringonça--_quem investe o seu dinheiro com esta tropa de despesistas? NINGUÉM e até os homens fortes das empresas já dizem que não investem ensta xaropada e experiência das esquerdas caceteiras de que o PS se tornou refém...
  • Petervlg
    15 set, 2016 Trofa 14:36
    O governo não liga, andam a apanhar pokemons
  • Lusitânea
    15 set, 2016 caldas da rainha 14:26
    Senhores...esta senhora com tanta idade ainda dá sentenças?! não se consegue ir em frente com estes "velhos do restelo"!...
  • Eborense
    15 set, 2016 Évora 14:07
    Não vai falhar nada. O Sr. Costa, ministro adjunto da 1ª Ministra Catrina disse antes das eleições, que com ele o País iria crescer em média, 2,6 % e portanto, como palavra dada é palavra honrada, o CFP está completamente errado. Viva a geringonça, viva a 1ª Ministra Catrina e as irmãs Mortágua.
  • António Parente
    15 set, 2016 Portela 14:06
    Se a invela matasse

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