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Faltam 450 milhões e Novo Banco e CGD podem penalizar contas públicas, avisa Bruxelas

19 set, 2016 - 14:51

Avisos da Comissão Europeia, no relatório sobre a quarta missão de monitorização pós-programa a Portugal, que decorreu no final de Junho.

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A Comissão Europeia avisou, esta segunda-feira, que são necessárias novas medidas no valor de 450 milhões de euros para cumprir as metas do défice deste ano.

O relatório sobre a quarta missão de monitorização pós-programa a Portugal, que decorreu no final de Junho.défice deste ano, sublinha que a execução orçamental esteve em linha com o Orçamento do Estado até Maio, mas dúvida da capacidade portuguesa para atingir as metas do défice até ao final de 2016.

No relatório, o executivo europeu reitera as estimativas para a evolução das finanças públicas que tinha apresentado aquando da publicação das Projecções de Primavera, em Maio.

Para 2016, a previsão para o défice é de 2,7%, um valor que fica acima dos 2,2% que são a meta inscrita pelo Governo no OE 2016 e que também supera o défice de 2,5% que as autoridades europeias estão agora a pedir a Portugal que cumpra, no âmbito do procedimento por défice excessivo.

No final da semana passada, no decurso da Cimeira de Bratislava, o primeiro-ministro, António Costa, reafirmou a convicção de que Portugal atingirá um défice de 2,5 por cento do PIB.

Novo Banco e Caixa são incógnita

O relatório sobre a quarta missão de monitorização pós-programa a Portugal indica, ainda, que o impacto final do Novo Banco e da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) nas contas públicas ainda não é conhecido, alertando que podem comprometer a execução orçamental deste ano.

“O impacto final da venda do Novo Banco e da recapitalização da CGD nas finanças públicas e/ou em outros bancos ainda é desconhecido”, lê-se no relatório da Comissão Europeia.

Para Bruxelas, a capitalização da banca é um dos riscos negativos para as contas públicas, sublinhando que “as necessidades de financiamento da banca ainda são incertas”.

[Notícia actualizada às 15h20]

Comentários
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  • André
    19 set, 2016 Lisboa 20:17
    Porque é que acham que a PàF enterrou a CGD, BANIF e NOVO BANCO, dentro de uma caixa de papelão? Já bastava saber que o CDS tem quase 70 milhões de euros em património que está registado num fundo financeiro, baseado em Aruba, através de uma empresa sedeada nas Ilhas virgens britânicas. Isto estava nos Panamá Papers... só que não interessou trazer a público. E voltamos à razão para não se ter feito nada com a CGD desde 2012... com uma recapitalização que dá a entender que não chega a 10% do que o banco precisava. E porquê? Porque em 2016 o anterior governo não conseguia cumprir o deficit e já estava tudo planeado para venderem 75% da CGD ao BIC por 2600 milhões de euros. Sendo que o BIC passaria a ter acesso a 182000 milhões de euros de fundos disponíveis para operações. Ao mesmo tempo, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque já tinham negociado com os bancos a aplicação de uma taxa de 1,50 euros por qualquer levantamento feito nas máquinas multibanco, como comissão de serviço. E a CGD seria a primeira a aplicar isso já a partir de 1 de Abril de 2016. Correu mal com os resultados das eleições, os bancos tiveram de retirar das suas previsões quase 1800 milhões de euros que tinham previsto em Julho, pois já tinham o acordo com o governo e as sondagens davam a vitória por maioria absoluta. É estranho é ninguém da direita se atrever a pensar no porque é que isto já estava feito...
  • Eborense
    19 set, 2016 Évora 16:36
    A ministra das Finanças, a irmã Mortágua, resolve o problema.

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