29 set, 2016 - 13:10
A UGT aprovou esta quinta-feira a sua proposta reivindicativa para 2017, que prevê um aumento médio dos salários entre 3% e 4% e uma subida do salário mínimo nacional (SMN) para os 565 euros.
O documento que define as prioridades da política reivindicativa da estrutura sindical para o próximo ano foi aprovado pelo Secretariado Nacional e recuperou as principais reivindicações apresentadas há um ano.
A valorização dos salários, a actualização das pensões, o combate ao desemprego e a dinamização da contratação colectiva são os pontos fortes da proposta reivindicativa que vai servir de referência aos sindicatos da UGT, e que foi apresentada esta quinta-feira em conferência de imprensa.
A UGT defende "uma actualização salarial adequada e responsável" e, considerando o cenário macroeconómico previsto para Portugal, a estrutura sindical defende "um aumento médio dos salários entre 3% e 4%".
De acordo com a proposta reivindicativa, apresentada pelo secretário-geral da UGT, Carlos Silva, "deverá ser equacionado o prolongamento, por mais um ano, da possibilidade de pagamento de subsídio de férias e de Natal em duodécimos" , por opção do trabalhador, seja no sector público, seja no privado.
Quanto ao SMN, a UGT propõe que este seja de 565 euros a partir de Janeiro de 2017, "num quadro de valorização progressiva", devendo atingir "o valor mínimo" de 600 euros até ao final da legislatura.
A UGT propõe igualmente a eliminação da contribuição extraordinária de solidariedade (CES) e um aumento para todas as pensões, "diferenciando positivamente as pensões mínimas e as pensões mais baixas".
Na proposta, a UGT defende também a actualização do Indexante de Apoios Sociais (IAS), actualmente nos 419,22 euros desde 2010, para os 440 euros a partir de 1 de Janeiro de 2017, equivalente a um aumento de 5%.
É ainda proposta pela estrutura sindical a eliminação da sobretaxa de IRS a partir de Janeiro de 2017 e a reposição do número de escalões e a actualização dos mesmos.